Património Material
Igreja e Claustro do Convento do Carmo
No reinado de D. Sancho II chegaram a Portugal alguns cavaleiros da Ordem de Malta acompanhados de padres Carmelitas. Os Hospitalários mantinham com os Carmelitas laços de fraternidade, que vinham já da Terra Santa, inclusivé o seu padroeiro S. João era um dos adeptos da Ordem do Carmo. Ante as perseguições infligidas pelos sarracenos aos carmelitas, que chegaram ao extremo de lhes destruirem o próprio Monte Carmelo, estes tomaram a resolução de emigrar para a Europa. Em 1238 estabeleceram-se em Chipre, Messina, Paris e Aylesford. A Moura coube a honra de ter o primeiro Convento Carmelita que se estabeleceu na Península (1251). O Convento do Carmo em Moura deveria ter sido, em princípio, em estilo gótico, de que restam vestígios em algumas capelas, tendo mais tarde sofrido reconstruções e transformações de estilo manuelino e renascentista (pórtico da igreja). Para as obras contribuem grandes dádivas com que D. Nuno Álvares Pereira contempla o Convento, visto mais de uma vez ter vindo aqui rezar, antes de partir para as guerras, a pedir auxílio e protecção divina. Inclusivé, numa das suas passagens por Moura, levou daqui os primeiros monges que fundaram o Convento do Carmo em Lisboa. De realçar, ainda, os azulejos setecentistas e o claustro.