Património Material
Ermida de São Julião
A classificação inclui belos azulejos setecentistas e o cruzeiro que se encontra no adro.
O acesso ao templo faz-se por uma galilé cuja entrada é flanqueada por duas pequenas colunas.
O conjunto cerâmico que se encontra no interior da nave da ermida é formado por cerca de duas dúzias de painéis, tendo num dos lados alegorias à vida de S. Julião e Santa Basilissa, e do outro, os desposórios dos santos. De salientar, ainda, o coro e o púlpito, o arco triunfal e as pinturas com motivos vegetalistas que decoram o retábulo de madeira.
O tecto formado por caixotões de madeira e os azulejos da alpendrada encontram-se bastante degradados, pelo que necessitam urgente restauro.
Em 1585, era ermitão deste templo Mateus Álvares, conhecido por "O Rei da Ericeira", porque se fez passar por D. Sebastião; num recontro ocorrido na Carvoeira, entre os seus adeptos e as hostes espanholas, foi preso e condenado à forca em Lisboa.
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.