Património Material
Convento de S. Bento, Palácios das Cortes e de S. Bento
O Palácio de São Bento foi inicialmente um convento da Ordem Beneditina, mandado construir pelos frades de Tibães em 1596. Em 1834 o Convento de São Bento foi secularizado tornando-se em Palácio das Cortes, fazendo-se então as primeiras obras de remodelação. Porém os melhoramentos e reedificação do Palácio só se realizaram em 1895 após ter sofrido um incêndio.
A estrutura actual é da autoria do arquitecto Ventura Terra, tratando-se de um edifício de imponentes dimensões, agregando em si a residência oficial do Primeiro Ministro. O edifício é precedido por uma larga escadaria construída em 1938 e ladeada por dois leões esculpidos em 1942 por Raul Xavier. A fachada apresenta dois pisos de colunas encimadas por um frontão decorado com esculturas em mármore, sendo toda a fachada da autoria de Simões de Almeida (sobrinho).
O interior do Palácio é ricamente decorado com diversos tipos de mármores, realçando-se as colunas cor-de-rosa que sustentam duas galerias que constituiem o hemiciclo encimado por uma cobertura de vidro e metal. As salas do Palácio são enriquecidas com pinturas, esculturas, mobiliário e gravuras de interesse artístico; aí se encontram obras de Rafael Bordalo Pinheiro, Veloso Salgado e Carlos Reis.
Em 1757 o Arquivo Nacional da Torre do Tombo foi transferido para a ala norte do Palácio, permanecendo aí por mais de dois séculos.
Actualmente o Palácio de São Bento é o local onde funciona a Assembleia da República.
COSTA, José Lino; MAGALHÃES, Maria Filomena de; ANGÉLICO, Maria Manuel, Oásis Alfacinhas Guia Ambiental de Lisboa Verbo, Lisboa, 1998.
LEITÃO, Joaquim, O palácio de São Bento, [Lisboa: s.n.] 1945.