O convento encontra-se em ruínas, embora mantenha o seu aspecto grandioso e imponente. Segundo referências em documentos da segunda metade do séc. XII, os monges de Císter conseguiram erguer este imponente convento graças a doações reais. A fachada principal da igreja, de aparência bastante austera, apresenta três pórticos e duas torres, entre as quais está o escudo nacional e o escudo da Ordem de Cister, sobre as esculturas de S. Bernardo e de S. Bento. Na fachada norte, no andar superior, alinham-se entre as janelas, da esquerda para a direita, cinco esculturas de pedra que representam o conde D. Henrique, D. Afonso Henriques, D. Sebastião, D. Henrique e D. João IV. A igreja é uma reedificação setecentista em estilo barroco, sendo ainda possível observar-se o aparelho da construção românica. De salientar, no interior do templo, o retábulo em talha dourada e a sacristia, com a cobertura apainelada e pintada e as paredes decoradas com azulejaria historiada. Em edículas encontram-se quatro boas estátuas dos evangelistas, salientando-se uma de S. Luís, rei de França, na parede de face ao púlpito. Destaque, ainda, para o claustro constituído por sete tramos de arcadas suportadas por colunas toscanas.

PATRIMÓNIO CLASSIFICADO - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR, 1993.

SOUSA, José João Rigaud de, Mosteiros do Concelho de Amares, nº 2.