"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Convento de Nossa Senhora do Carmo

Distrito: Évora
Concelho: Évora

Tipo de Património
Património Material
Identificação Patrimonial
Conjunto
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XV a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Conventual/Monástica
Valor patrimonial
Valor Artístico, Valor Histórico
Estilo(s)
Maneirista, Barroco, Rococó
Áreas Artísticas
Arquitectura Religiosa, Pintura, Talha, Trabalho do Ferro
Descrição

O actual edifício foi construído após a destruição do primitivo cenóbio de carmelitas calçados, atingido por um incêndio durante a Guerra da Restauração, e existente desde 1631, no ferragial do Forte de Santo António.
Com autorização de D. Afonso VI, em 1665, a Ordem Carmelitana instalou-se no antigo paço quinhentista dos duques de Bragança, profundamente modificado desde 1670, obras concluídas com a sagração da igreja, em 1691.
Do primitivo paço quinhentista salientam-se a grade de ferro forjado da entrada principal da igreja, com os brasões ducais de D. Jaime, góticos, e a imponente Porta dos Nós, símbolo da Casa de Bragança.
A aparência exterior do imóvel apresenta interessantes elementos arquitectónicos barrocos, nomeadamente a galilé da portaria-mor, o austero portal de granito cronografado de 1716 e encimado pelo escudo da Ordem Carmelita, a escadaria e o pátio da igreja, construídos em granito regional, assim como o amplo zimbório datado de 1690-91, que mantém no interior as armas dos padroeiros: Henriques, Vilhenas e Lencastres. A entrada na igreja encontra-se num plano inferior, no adro da igreja, através da Porta dos Nós, em granito e atribuída ao arquitecto Diogo de Arruda.
No interior da igreja, de nave única, encontram-se sete altares em talha dourada, dos séculos XVII e XVIII, policroma ou marmoreada, de estilos barroco e rococó, salientando-se os de Nossa Senhora da Piedade e da Ordem Terceira do Carmo, este último do mestre entalhador eborense João Luís Botelho (cerca de 1760).
O retábulo da capela-mor é uma peça notável, com linhas clássico-maneiristas, entalhado em colunata compósita, uma peça arcaizante de 1680-1705, com um grandioso trono da época quinto-joanina.
Nos alçados encontram-se duas pinturas de madeira, do ciclo maneirista, representando a Anunciação da Virgem e a Adoração dos Pastores, e uma outra tábua interessante, no altar de Santo Angélico, sobre o milagre sabatino de S. Simão Stock, atribuída ao pintor eborense Francisco Nunes (cerca de 1620).
O cruzeiro é encimado por uma grande cúpula, datada de 1691.
Do convento subsiste, incompleto, o amplo claustro de arcadas de volta inteira, em granito (séculos XVII-XVIII).

Núcleos mais importantes
Interessantes exemplares de pintura maneirista.
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
ALVES, Afonso Manuel, Évora a Cal e a Pedra, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1990.

ESPANCA, Túlio, Évora - Encontro com a Cidade, Câmara Municipal de Évora, Évora, 1988.

Data de atualização
22/08/2008
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