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Património Material

Convento de Nossa Senhora da Assunção

Distrito: Faro
Concelho: Faro

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Monumento Nacional
Proteção Jurídica
37077, DG 228 de 29 Setembro 1948.
Identificação Patrimonial
Conjunto
Época(s) Dominante(s)
Moderno, Contemporâneo
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Conventual/Monástica
Valor patrimonial
Valor Artístico
Estilo(s)
Renascença
Áreas Artísticas
Arquitectura Religiosa, Escultura
Uso atual
Museu Arqueológico e Biblioteca Municipal.
Proprietário/Instituições responsáveis
Câmara Municipal de Faro
Descrição

Este convento terá sido fundado pela rainha D. Leonor, terceira mulher de D. Manuel, entre 1518 e 1523, tendo sido construído por sua irmã, D. Catarina, mulher de D. João III, entre 1527 e 1563. Serviu as freiras Capuchas.

Este edifício é considerado um dos melhores exemplares arquitectónicos de Faro.

No período entre 1518 e 1523, trabalhou aqui o conhecido mestre de obras Afonso Pires e também Álvaro Pires e Diogo Pires, mestres pedreiros, em 1543 e em 1561, respectivamente.

Na fachada destaca-se o portal, datado de 1539, com delicados baixos-relevos, pilastras coríntias e um brasão com o camaroeiro. O dormitório, onde actualmente se encontra a Biblioteca Municipal, tem a data de 1545.

O convento foi destruído no séc. XIX e apenas se conservam as ruínas do claustro, a parte mais notável deste edifício, edificado em 1540. Este claustro renascentista é semelhante ao da Penha Longa, em Sintra, sendo composto por dois pisos, o inferior com arcadas de volta inteira e tramos de dois arcos separados por botaréus encimados de gárgulas e o superior de arquitectura horizontal, com colunas jónicas. Tem como detalhe original o chanfrado dos quatro ângulos e apresenta curiosas gárgulas, assim como outros pormenores arquitectónicos.

O convento tem, ainda, uma cúpula branca e uma torre-mirante.

Após a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, começaram os problemas de preservação. As freiras clarissas foram transferidas, em 1836, para o Convento das Bernardas de Tavira tendo o convento, durante alguns anos, ficado à mercê da população local, a qual lhe retirou os seus magníficos azulejos. Mais tarde, foi comprado pela quantia de 1.200$000, por José Maria de Carvalho e Teodoro José Tavares e, em 1864, vendido por 2.000$000 ao israelita Samuel Amram, que o transformou em fábrica de cortiça. Foi usado para este fim até 1964, quando a Câmara Municipal de Faro o adquiriu para aí instalar os Museus Municipais.

É Monumento Nacional desde 1948 e começou a ser restaurado em 1964. Apesar do restauro ter estagnado em 1971, o Museu Arqueológico do Infante D. Henrique instalou-se aí provisoriamente, tendo a Câmara, a expensas suas, retomado as obras de restauro, que terminou. Deram-lhe o nome "Infante D. Henrique" pois, foi fundado no dia do quarto centenário do nascimento do Infante, como homenagem da cidade, sendo assim um dos mais antigos do país.

Núcleos mais importantes
A parte mais notável deste edifício é o claustro, edificado em 1540, compondo-se de dois pisos, o inferior com arcadas de volta inteira e tramos de dois arcos separados por botaréus encimados de gárgulas e o superior de arquitectura horizontal, com colunas jónicas.

Destacam-se os núcleos arqueológicos (com espólio da época romana e medieval) e as colecções Ferreira de Almeida, Almirante Ramalho Ortigão e de Arte Sacra.

Intervenções e Restauros
O edifício foi alvo de obras da responsabilidade da D.G.E.M.N., a fim de servir de instalações para o Museu Municipal Arqueológico e lapidar Infante D. Henrique.
Morada
Praça D. Afonso III, 14, 15, Rua do Castelo, Sé
8000
FARO
Bibliografia
LAMEIRA, I. C. Francisco, Faro : Edificações Notáveis, Faro, Câmara Municipal de Faro, 1995.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR, 1993.

ROSA, José António Pinheiro e, Monumentos e Edifícios Notáveis do Concelho de Faro, Faro, Câmara Municipal de Faro, 1984.

Data de atualização
11/12/2006
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