"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Convento das Trinas de Mocambo

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
Decreto nº 32973 de 18-8-1943, ZEP DR (I Série-B), n.º 183, de 10-08-1998, portaria n.º 512/98
Identificação Patrimonial
Conjunto
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVII a XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Religiosa - Conventual/Monástica
Estilo(s)
Barroco
Áreas Artísticas
Azulejaria
Uso atual
Edifício do Instituto Hidrográfico
Descrição

Em 1657, Cornélio Vandali e sua esposa Marta de Boz fundaram o convento para as religiosas Descalças da Santíssima Trindade, sob a invocação de Nossa Senhora da Soledade. As dificuldades na obtenção de autorização para a sua fundação repercutiram-se na construção do edifício, a qual se prolongou pelo séc. XVIII. O terramoto de 1755 tornou a casa inabitável, as religiosas regressariam só após dois anos. Com a extinção das Ordens Religiosas em 1834, o edifício passou a ser utilizado para outros fins. Inicialmente como abrigo para pessoas carenciadas; em 1912, instalou-se aí o Arquivo de Identificação e por último , em 1969, o Instituto Hidrográfico, o que se mantém actualmente. Na década de 40 o edifício beneficiou de obras de conservação e restauro sob a alçada da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais; nos anos sessenta, quando da sua ocupação pelo Instituto Hidrográfico, beneficiou de novas obras de restauro.
O edifício da Rua das Trinas, tem planta irregular, formada por três corpos adossados; possui uma horizontalidade acentuada, acompanhando os seus vários pisos a inclinação do terreno. As fachadas são pautadas pela simplicidade de sucessivos vãos de janela, sendo estas de peito simples de vão rectangular, emolduradas a cantaria; a uniformidade da fenestração é rasgada apenas pela sua diferente dimensão. No edifício destaca-se, a Norte, a porta do corpo da igreja com frontão interrompido onde se desenha um relevo representando Nossa Senhora da Piedade e a portaria do convento, a Sul, também rematada por frontão interrompido com cantarias trabalhadas. A portaria é decorada por silhares barrocos com azulejo azul e branco que revestem a roda da clausura e a porta de acesso ao vestíbulo interior. O acesso à igreja e ao coro era feito através de um vestíbulo interior, que dava também acesso a um claustro, centrado pela boca de uma cisterna. Os azulejos azuis e brancos do século XVIII definem todo o espaço interior; a actual biblioteca (antiga cozinha - refeitório), é o espaço por excelência onde se pode observar a valorização deste material na decoração conventual, encontrando-se as paredes e o tecto abobadado revestidos com azulejos azuis e brancos com motivos geométricos, flores e frutos.

Modo de funcionamento
Para mais informações por favor visite a página do Instituto Português do Património Arquitectónico www.ippar.pt
Morada
Rua Garcia de Horta, nº 2 a 6 e Rua das Trinas, nº 49, Santo-o-Velho
1200
LISBOA
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Bibliografia
CAEIRO, Baltasar de Matos, Os conventos de Lisboa, [Sacavém], Distri, 1989.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.

Data de atualização
17/11/2008
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