Património Material
Chafariz Monumental
Mandado construir por D. Tomás de Almeida, arcebispo e primeiro patriarca de Lisboa (1716-1754), ao arquitecto italiano António Canevari, que se encontrava em Portugal a trabalhar para D. João V, entre 1728 e 1732.
O Palácio assume-se como o principal componente da praça monumental de grandes dimensões, suplantada na época apenas pelo Terreiro do Paço, em Lisboa. Pertence também a esta praça a Igreja Matriz e o Palácio da Mitra.
Edifício de planta em U com dois tipos de cobertura, ala central de duas águas e as alas laterais com quatro águas. O principal elemento da fachada é a fonte central constituída por sete lanços de escada, terminando num pequeno patamar com a mesma forma que o tanque, em leque. A água recebida pelo tanque inferior provém de três mascarões. A água do mascarão central deriva do tanque superior mais pequeno e com um nicho onde se encontram mais dois mascarões, dos quais brota a água para este tanque. A fonte termina com um frontão arredondado, onde estão inseridas as armas patriarcais suspensas por dois anjos. Nas partes laterais do frontão encontram-se dois fogaréus. As janelas no andar nobre são de sacada e no piso térreo são de verga curva. A ala central do piso nobre tem varanda percorrida com balaustradas, fazendo com que este piso seja recuado.
A classificação deste monumento, integra-se no conjunto formado pelo Palácio da Mitra e outros anexos (antiga Igreja, Pombal decorado com azulejos, e Portão de entrada da quinta do Palácio).
SEQUEIRA, Clara, O Barroco em Santo Antão do Tojal, Junta de Freguesia de Santo Antão do Tojal, 1997.