Património Material
Castelo de Moura, ruínas do Convento das freiras Dominicanas e Igreja anexa
A classificação inclui o que resta do Convento das Freiras Dominicanas e a igreja anexa. O castelo de Moura é uma fortificação muito antiga, composta de torres circulares e quadradas, sendo a primeira fortificação que Moura conheceu. Acredita-se que a sua fundação remonte ao tempo dos Tebanos. Numa parede do antigo Mosteiro das Freiras do Castelo existia uma lápide Romana (base de uma estátua desaparecida) que se encontra actualmente na entrada do Museu da cidade, com esbatidas inscrições latinas, que se traduzem pelo seguinte: "A nova Cidade de Aruccitana (dedicou este monumento) a Júlia Agripina, Augusta Mãe de Nero Cláudio César Augusto Germanico". A marca de permanência dos Mouros neste mesmo Castelo está viva na arquitectura da cidade, nos costumes e no cantar da gente. Em 1290, D. Dinis fez edificar o castelo sobre as ruínas do antigo, permanecendo sem alteração a torre sobranceira ao Jardim Público (Jardim Dr. Santiago), que a tradição diz ser a da tragédia de Salúquia. O castelo recebeu reformas, em 1510, por Francisco Arruda. A Torre de Menagem, dionisina, apresenta-se ainda bem conservada, graças aos cunhais de mármore rijo, amparando uma encilharia menos resistente, de aparelho mediano. As obras exteriores tais como escarpas, caminhos de ronda, barbacãs, esplanadas e escadas, em grande parte construídas de taipa com fiadas de tijolo, estão completamente destruídas. Na esplanada do castelo existem três grandes nascentes, sendo a mais importante a que serve de fonte de Santa Comba, pelas suas qualidades minero-medicinais. O caudal desta nascente atingia, em 1901, a cifra de 12,32 litros por minuto, ou seja, 17,740 m3 num dia, e situa-se precisamente a seis metros a leste da Torre de Menagem. Aqui foi edificado o Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção, absorvendo a Igreja de Santiago, outrora Mesquita dos Mouros, passando a Igreja Matriz, a dependência do Mosteiro.