"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Material

Casa da Quinta da Pimenta

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
Decreto nº 27396 de 26-12-1936
Identificação Patrimonial
Conjunto
Época(s) Dominante(s)
Moderna (Séc. XVIII)
Tipologia original
Arquitectura Doméstica - Palácio
Valor patrimonial
Valor Arquitectónico, Valor Artístico, Valor de Memória, Valor Sociológico
Áreas Artísticas
Arquitectura Civil, Azulejaria
Uso atual
Museu Municipal (Museu da Cidade)
Proprietário/Instituições responsáveis
Câmara Municipal de Lisboa
Descrição

O Palácio Pimenta, também, conhecido por Palácio Galvão Mexia ou Palácio Jorge Graça (por ter sido adquirido a este proprietário em 1961), situa-se no extremo norte do Campo Grande e é uma das mais belas e bem conservadas residências solarengas da 1ª metade do séc. XVIII.
Trata-se de um edifício construído de uma só vez, entre 1744 e 1748, que a tradição atribui a uma iniciativa do rei D. João V, com o objectivo de servir de residência a Madre Paula.

O seu arquitecto é desconhecido; no entanto, algumas das características que apresenta, nomeadamente a erudição arquitectónica, bem como a elegância e moldura das janelas, a simplicidade do portal encimado por janela de sacada e por frontão curvo, e uma certa austeridade de linhas, aproxima-o de Ludovice, ou de alguns dos arquitectos a ele mais ligados.
O Palácio apresenta planta em "U", característica dos edifícios palacianos de veraneio setecentistas, com quinta associada. Constituído por um corpo principal com fachada para a rua, o Palácio apresenta rés-do-chão, 1º andar e um piso amansardado. Por sua vez, prolonga-se para as traseiras através de dependências no piso térreo, as quais se dispõem à volta de um grande pátio, para onde abriam a capela, a cozinha e a cavalariça.
O átrio recebia as carruagens, tendo os moradores e visitantes acesso directo ao andar nobre através de uma escadaria monumental de três lances. As restantes dependências, situadas no piso térreo, na ala virada a norte, cumpriam funções utilitárias (cozinha, cavalariça, picadeiro e celeiro) ou funções supletivas, na ala voltada a sul. O mesmo aconteceria ao andar amansardado, que certamente seria destinado aos serviçais.
A decoração azulejar do Palácio prima pela sobriedade e pela grande qualidade, destacando-se o conjunto de alizares de azulejos, que cobriam todos os compartimentos do rés-do-chão e do andar nobre do corpo principal, saídos das oficinas de Lisboa e realizados em dois períodos: o joanino (1746), distinguindo-se as "cenas de género" (caça, pesca, paisagens), bem como algumas cenas mitológicas, que decoravam a ala sul do rés-do-chão; e o pombalino (cerca de 1760), que decoravam a escadaria principal e os compartimentos do andar nobre.

Antigamente, a quinta associada ao Palácio era constituída por uma parte mais reservada, nomeadamente o jardim de buxo ou de cerimónia, murado a toda a volta, e por uma mata e pomar. À sua volta existiam dependências ligadas às suas características rurais tais como tanques e poço de rega, nora, alpendres de apoio e de recolha de alfaias agrícolas e, ainda, um recinto de jogo "da pela".
Actualmente, ainda que diminuído na sua extensão, o Palácio continua a beneficiar de um enquadramento verde, conservando, com pequenas alterações, a sua estrutura primitiva, pois a sua adaptação a museu eliminou apenas zonas utilitárias, deixando intocadas as restantes áreas.

Intervenções e Restauros
Em 1968, teve obras de recuperação e adaptação com projecto de Raúl Lino, a fim de servir de Museu da Cidade. Em 1971-1972 foram realizadas obras, que culminaram no desmantelamento da cavalariça; 1973-1977 foi sujeito a trabalhos conservação e de adaptação a museu.

Modo de funcionamento
Para mais informações por favor visite a página do Instituto Português do Património Arquitectónico www.ippar.pt
Morada
Campo Grande, nº 245
1700
LISBOA
Fonte de informação
Câmara Municipal de Lisboa
Bibliografia
FERREIRA, Fátima Cordeiro G.; CARVALHO, José Silva; PONTE, Teresa Nunes da (coord.), Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, Associação dos Arquitectos Portugueses, 1987.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.

SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, Carlos Quintas & Associados - Consultores, Lda., 1994.

Data de atualização
26/11/2008
Agenda
Ver mais eventos

Passatempos

Passatempo

Ganhe convites para a antestreia do filme "Memória"

Em parceria com a Films4You, oferecemos convites duplos para a antestreia do drama emocional protagonizado por Jessica Chastain, "MEMÓRIA", sobre uma assistente social cuja vida muda completamente após um reencontro inesperado com um antigo colega do secundário, revelando segredos do passado e novos caminhos para o futuro.

Visitas
93,742,790