Património Material
Convento dos Cardaes
Obedece à arquitectura do século XVII e é adaptada às estritas Regras das Carmelitas, que limitam o contacto com o mundo. O exterior é robusto e austero mas, no seu interior, encontram-se tesouros decorativos, como a Igreja com os altares em talha dourada, a nave envolta em painéis de azulejos de origem holandesa e, num plano superior, pintura atribuída a António Pereira Ravasco e André Gonçalves. O edifício ocupa uma área total de 5 mil metros quadrados, espaço que se divide ainda em Comungatório, Sacristia, Sala Mariana, Sala da Paixão, Claustros, Refeitório, Escada Claustral, Oratório, Capelinha de São José, Antecoro, Coro Alto e Sala do Capítulo.
O século XIX vai marcar profundamente a história do Convento. Após a extinção das Ordens Religiosas e com a morte da última freira carmelita em 1876, o Convento é cedido à Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos e é aqui instalado um Asilo para Cegas que, sob a direcção da Associação e com o auxílio e cuidado de Irmãs Dominicanas.
Hoje, em pleno século XXI, o Convento dos Cardaes continua a receber jovens adultas com necessidades especiais, que aqui encontram uma casa, conforto e família. Por isso, ao visitar o Convento dos Cardaes, um Convento Vivo, está também a ajudar a comunidade que aqui vive e a contribuir para que a nossa história seja feita todos os dias.
Aliás, são muitos os motivos para uma visita a este espaço. O Convento resistiu ao terramoto de 1755, quase sem marcas de destruição, constituindo-se hoje como um conjunto arquitectónico único na cidade de Lisboa. O património de arte sacra é raro no seu conjunto e na especificidade de cada peça, tudo preservado até hoje, pois o Convento nunca encerrou a sua actividade religiosa.
Horário
De quarta a segunda-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00 (última entrada às 16h30)