Património Material
Arco da Rua Augusta
Traduzindo uma arte comemorativa, pombalina e neoclássica, este arco do triunfo, único em Lisboa, ergue-se no eixo da Praça do Comércio, classificada como Monumento Nacional, fechando a arcaria da referida praça e abrindo a Rua Augusta. Foi programado em 1759, na época da reconstrução pombalina, com desenho de Eugénio dos Santos.
O arco subia apenas à altura da sua cimalha, num jogo de colunatas compósitas, colocadas em 1815, ficando a aguardar o coroamento. O que veio a acontecer, em 1844, com a aprovação do projecto do arquiteto Veríssimo José da Costa. No entanto, somente em 1873 se deu início à implementação do mesmo, tendo ficado concluído em 1875.
No arco recortam-se as estátuas de Viriato, Vasco da Gama, D. Nuno Álvares Pereira e Marquês de Pombal ladeadas pelas representações alegóricas dos rios Tejo e Douro, todas elas da autoria do escultor Vítor Bastos.
Acima do arco é visível uma composição escultórica relevada tendo por motivo central a pedra de armas de Portugal. O remate é efectuado por platibanda coroada, a eixo,por um grupo escultórico alegórico, "A Glória coroando o Génio e o Valor", modelado pelo escultor francês Anatole Calmels. Completando o conjunto observa-se uma inscrição em latim, que exalta os nossos antepassados pelos seus actos heróicos, os quais se tornaram um exemplo para as gerações posteriores, (VIRTVTIBVS/MAIORVM/VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD significa Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento.
Dedicado a expensas públicas e no alçado Norte reconhece-se um relógio em posição correspondente à pedra de armas real.