Património Imaterial
Práticas Coletivas do Bombo em Portugal
O Património Cultural, I.P. (PC, IP) aprovou a inscrição da manifestação “Práticas Coletivas do Bombo em Portugal” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), conforme Despacho do Presidente do Conselho Diretivo de 8 de agosto de 2024, a publicar em Diário da República.
Com esta inscrição, o PC, IP reconhece a relevância desta prática na matriz identitária de várias comunidades portuguesas na atualidade, a sua importância histórica e influência social, cultural e educativa nos territórios em que se insere, as dinâmicas de reprodução e transmissão desenvolvidas geracionalmente e entre os grupos e intervenientes relacionados.
As práticas coletivas do bombo em Portugal, de caráter performativo e musical, são realizadas por grupos organizados de tocadores de bombo e caixa, podendo incluir instrumentos melódicos. Tocam de forma impressiva pela intensidade do som e coordenação dos instrumentos. Estas práticas performativas executadas por músicos especializados tradicionalmente ocorrem em contextos públicos, em dias ou momentos de grande importância social local.
Milhares de pessoas por todo o país participam direta ou indiretamente nas atividades relacionadas com as práticas coletivas dos bombos, tocando ou vendo e ouvindo as performances, usando-as nas suas dimensões educativas, de animação ou de lazer, reconhecendo-as como elementos culturais identitários das suas comunidades, das suas regiões e do seu país. A transmissão de conhecimentos relacionados com estas práticas faz-se através de ensino formal ou informal pelos elementos mais experientes dentro de cada grupo.
O pedido de registo foi submetido pela ADAT – Associação dos Amigos do Tocá Rufar. Resulta de um processo de investigação conduzido entre 2016 e 2020 em estreita colaboração com comunidades de grupos de bombos e respetivos protagonistas um pouco por todo o país.