Património Material
Capelinha das Aparições
A Capelinha das Aparições é o "coração" do Santuário de Fátima.
Foi no local onde se encontra a Capelinha que Nossa Senhora falou aos pastorinhos. Das seis aparições da Virgem Maria, cinco aconteceram neste local – maio, junho, julho, setembro e outubro – onde, por indicação da Senhora, haveria de ser construída uma capela em sua honra. Erigida entre 28 de abril e 15 de junho de 1919, foi posteriormente benzida, tendo-se aí celebrado missa pela primeira vez em 13 de outubro de 1921. Dinamitada na madrugada de 6 de março de 1922, foi restaurada e reinaugurada em 13 de janeiro de 1923.
Embora sujeita a ligeiras alterações, a Capelinha das Aparições mantém os traços originais e característicos de uma ermida popular. O alpendre atual foi inaugurado aquando da primeira vinda de João Paulo II ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio de 1982. Em 1988, Ano Mariano, o teto foi forrado com madeira de pinho, proveniente do norte da Sibéria, madeira que foi escolhida pelas suas características de leveza e durabilidade.
A peanha onde se encontra a Imagem de Nossa Senhora marca o sítio onde estava a pequena azinheira sobre a qual a Senhora do Rosário apareceu.
O órgão da Capelinha foi construído pelo organeiro Gerhard Grenzing. Conta com doze registos e dispõe de dois manuais e pedaleira. Dedicado quase exclusivamente ao acompanhamento das celebrações, permite, graças aos seus timbres particularmente cuidados, a interpretação de peças do repertório sacro num enquadramento litúrgico.
A imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
A escultura de Nossa Senhora do Rosário de Fátima venerada na Capelinha das Aparições foi oferecida em 1920 por Gilberto Fernandes dos Santos, de Torres Novas, sendo benzida no dia 13 de maio desse mesmo ano, na Igreja Paroquial de Fátima, e trazida para a Capelinha um mês depois. Foi solenemente coroada em 13 de maio de 1946 pelo cardeal Aloisi Masella, legado pontifício.
A coroa preciosa, que a imagem ostenta apenas nos dias das grandes peregrinações, foi oferecida pelas mulheres de Portugal, em 13 de outubro de 1942. É de ouro, pesa 1,2 quilogramas e tem 313 pérolas e 2679 pedras preciosas. É exemplar único e de alto valor artístico e estimativo. Em 1989, foi nela encastoada a bala extraída do corpo de João Paulo II após o atentado em Roma, no dia 13 de maio de 1981, e por ele oferecida ao Santuário, em 26 de março de 1984.
Obra de José Ferreira Thedim, de São Mamede do Coronado, a escultura é de madeira (cedro do Brasil) e mede 1,04 metros. Foi alterada pelo autor em 1951 e, posteriormente, várias vezes retocada.