Património Material
Igreja Matriz de Santa Marta
Instituída na Idade Média, a paroquial de Santa Marta de Vila Nova da Rainha ficou desde muito cedo ligada a grandes momentos históricos. Nela se celebraram, no século XIV, os esponsais de D. Nuno Álvares Pereira – o Santo Condestável ou S. Nuno de Santa Maria, com D. Leonor Alvim. Arrasada, destruída e incendiada a Vila pelo exército de Castela no contexto das Guerras Fernandinas, somente o templo resistiu a tão grande devastação material.
Perdida por isso a autonomia concelhia e eclesiástica, ficou na dependência de Santo Estevão de Alenquer até ao século XIX. Templo orientado a Poente e cobertura a duas águas que modelam a fachada principal e torre sineira adossada a Norte, apresenta janelão de iluminação interior em envidraçado de guilhotina e portal principal em arco abatido, sobrepujado por arquitrave da mesma plástica.
O interior é de nave única, diferenciada da capela-mor por arco triunfal de volta perfeita. Além do altar-mor em entalhe marmoreado e tribuna em degraus, tem mais dois altares colaterais em nicho e dois laterais. Maravilha de arte nacional e património iconográfico azulejar único no concelho de Azambuja, é o conjunto de painéis azulejares decorativos e historiados, distribuídos ao longo dos panos murários do corpo da igreja, de cromia azul e branco, narrando a história de Santa Marta relatada no Novo Testamento.