"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Património Imaterial

Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso

País: Portugal
Distrito: Braga
Concelho: Póvoa de Lanhoso

Tipo de Património
Património Imaterial
Classificação
Inventário Nacional de Património Imaterial
Descrição

A inscrição da Arte da Filigrana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial é um reconhecimento que se almeja há muito, sendo mais do que legítimo pois a filigrana é uma nobre tradição que afirma a memória e a identidade povoense, que se quer manter viva e perpetuar.

As Terras de Lanhoso são conhecidas pela sua ancestral ligação ao ouro. Achados arqueológicos proto-históricos na região comprovam este facto. Mais concretamente, as freguesias de Travassos e Sobradelo da Goma constituem, ainda hoje, “museus vivos” da ourivesaria tradicional e especialmente, dos trabalhos em filigrana, técnica fundamental pela qual a ourivesaria da Póvoa de Lanhoso se deu a conhecer. Embora a técnica da filigrana seja muito antiga (como comprovam vestígios pré e proto-históricos encontrados um pouco por todo o mundo) e tenha sido introduzida na Península Ibérica por povos que já dominavam a arte, encontrou na região norte de Portugal terreno fértil e profícuo à sua fixação e desenvolvimento, criando raízes que a tornaram um elemento significativo da nossa cultura e que perdurou até aos nossos dias. E, dentro da região norte, o concelho da Póvoa de Lanhoso regista, pelo menos desde o século XIX, uma produção filigraneira muito significativa, sendo certo que existe registo documental de ourives no concelho desde o séc. XVIII.

Trata-se de uma técnica de ourivesaria assente no trabalho artesanal, que utiliza fios de ouro ou prata finíssimos, torcidos dois a dois e espalmados, aplicados numa armação previamente definida e elaborada (também ela de ouro ou prata). A armação é da responsabilidade do ourives, que, com ela, dá forma à peça e delimita a área a trabalhar e preencher de fio. Este trabalho minucioso de preencher as peças com os finíssimos fios torcidos é de uma delicadeza e paciência impressivas e confere às peças uma leveza e singularidade ímpares.

O Repertório das Atividades Artesanais, que classifica as atividades do setor das artes e ofícios e as agrupa em classes, define a técnica da filigrana como o “processo que visa obter fios finíssimos a partir de uma barra de ouro ou de prata, os quais são depois torcidos manualmente originando um cordão serrilhado. O fio é curvado, enrolado e entrelaçado até se obter o efeito desejado. Existe a filigrana de aplicação (para decorar/encher outras peças) e a de integração (peça completamente feita em filigrana).”

Saiba mais AQUI

Fonte de informação
Direção-Geral do Património Cultural
Data de atualização
10/05/2023
Agenda
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Venezia

Centro Cultural de Belém 22 Nov 2024  |  20h00

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