Museus, Bibliotecas e Arquivos
Museu Agrícola da Atalaia
A quinta é testemunho do passado agrícola e do Saber Fazer Tradicional, que contribui para contar a parte rural da história do concelho de Montijo.
Desde 1997, data da sua doação, que a Quinta Nova da Atalaia constitui uma importante unidade museológica do concelho de Montijo, dedicada à temática agrícola.
O conjunto edificado e o pomar que constituem a Quinta Nova da Atalaia localiza-se no perímetro urbano da Freguesia de Atalaia.
Não se conhece a data de fundação da Quinta, mas deve remontar ao século XVIII, atendendo a alguns vestígios da construção primitiva.
Contudo a data, mais antiga relacionada com a quinta é de 1874. Existem registos que atestam que a quinta foi pertença da família Santos Fernandes, já no século XX.
Em relação ao conjunto de edifícios, podemos referir que era composto por uma casa de habitação, adega, casa para carreiro, abegoaria, palheiro, celeiro, cavalariça, dependências para lavoura, dois poços, olival, vinha, terras de semeadeira e pinhal.
Na década de 60 a casa de habitação sofreu alterações significativas, inicialmente devia tratar-se de uma casa de um só piso alto, com adega na cave, que para além das portas da frente o acesso podia ser feito por uma escadaria do pátio interior. Nessa intervenção foi acrescentado um segundo piso e foram construídas marquises o que contribuiu para a descaracterização do edifício primitivo.
As outras dependências da quinta não devem ter sofrido alterações significativas, estas constituem o percurso museológico.
Objetivos
A Quinta Nova da Atalaia tem os seguintes objetivos:
- Salvaguardar a memória das atividades agrícolas tradicionais do concelho de Montijo;
- Reutilizar uma quinta agrícola para fins didáticos;
- Dar a conhecer o passado histórico das atividades económicas do concelho;
- Oferecer aos munícipes um instrumento cultural para o desenvolvimento local e regional.
Percursos
A partir dos espaços e dos equipamentos de produção e fabrico do vinho e do azeite, constituiu-se um percurso museológico, em torno destes dois produtos agrícolas, que em tempos foram símbolos de prosperidade rural do concelho.
Lagar de Azeite:
Apresenta a planta de um lagar de pequena produção. Aqui se podem observar as galgas para a moenda da azeitona, as prensas, os equipamentos e utensílios utilizados no fabrico do azeite. Estamos perante um exemplar de Arqueologia Industrial, que chegou até nós em muito bom estado de conservação, podendo ainda funcionar, didaticamente, para mostrar todo o processo de produção do precioso líquido.
Lagar de Vinho e Adega:
O concelho de Montijo integra-se numa região da margem sul do Tejo, produtora de vinho desde épocas muito remotas. A musealização destes espaços permite conhecer, para além da arquitetura rural própria deste tipo de atividade, todo o processo de produção e conservação do vinho e aguardente.
Reservas Visitáveis:
Integram duas salas de exposição de peças doadas por particulares e oficina de restauro das mesmas.
Pomar e Horta:
A horta, constituída por pequenas leiras cultivadas com leguminosas, tem por objetivo a sensibilização da população escolar para o conhecimento e preservação das atividades agrícolas tradicionais. O pomar de citrinos (laranjeiras e limoeiros), permite o acompanhamento do processo de produção dos frutos (floração, crescimento, maturação e apanha) de salientar a conservação do sistema de rega tradicional.
Sábado, das 14h00 às 18h00