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Museu de Aguarela Roque Gameiro
O Museu de Aguarela Roque Gameiro, situado em Minde, é o único museu do país totalmente dedicado à aguarela e concretamente à obra do aguarelista português de referência - Alfredo Roque Gameiro.
Na “Casa dos Açores”, que é um exemplar notável de arquitetura e de jardins do início do séc. XX, ligado à Família do pintor, o Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro (CAORG), depositário de um conjunto de obras de sua propriedade, de pertença da família do artista e do Centro de Arte Moderna Gulbenkian (CAM) instalou o Museu de Aguarela dedicado a Roque Gameiro e à prática e ao estudo dessa disciplina artística.
Há algumas décadas atrás existiu em Minde a Casa-Museu Roque Gameiro que reuniu esse espólio, mas o fraco enraizamento da instituição na comunidade e a degradação do imóvel onde se encontrava instalada, determinaram o seu encerramento.
O projeto retomado no princípio deste século, nasceu de inúmeras atividades sociais desenvolvidas pelo CAORG na comunidade minderica, de maneira a garantir uma recuperação exemplar da Casa dos Açores e jardins, com o objetivo de os transformar numa nova unidade museológica e cultural, ao serviço da população.
A Casa dos Açores apresenta uma grande qualidade artística e construtiva (em que ecoam as ideias inovadoras, na época de Raul Lino, grande amigo de Roque Gameiro) o que oferece as melhores condições para os fins museológicos para que foi adaptada.
O jardim foi excelentemente conservado e melhorado, bem como o torreão romântico neo-mourisco que se levanta no canto oposto ao da casa.
O Museu de Aguarela Roque Gameiro foi inaugurado em 2009 e o seu espólio é exclusivamente constituído por desenhos e aguarelas, o que implica por razões de conservação, uma rotatividade das peças expostas e o que suscita, por outro lado, um renovado interesse, por parte do público, na visita ao museu.
Na obra de Roque Gameiro reside uma atitude de humildade e de veneração perante a Criação, que transparece nos mais pequenos pormenores, na ternura com que qualquer pedra, qualquer árvore, qualquer reflexo na água é tratado, como que identificando-se com ele. É essa força que nasce da humildade e do respeito pelo objeto, e maximamente quando o objeto de contemplação é uma pessoa, que faz com que nos seus retratos de atinjam alguns dos momentos mais altos da pintura portuguesa - veja-se nomeadamente o “Retrato de sua mãe”.
O Mestre
Nascido em Minde, pequena localidade arrumada em anfiteatro numa encosta sombria da serra, numa época de escassez e de frugalidade, numa família de lavradores, Alfredo Roque Gameiro, haveria de vir a tornar-se numa importantíssima figura no painel no painel das artes mundiais do século XX.
Pintor aguarelista de rara qualidade técnica, de tom intimista e fluido, de extrema sensibilidade delicadeza, pintou como ninguém até aí tinha pintado a paisagem, as pessoas, os usos e costumes do Portugal da época e os do Portugal do passado, que tão bem estudou e conhecia.
Tornou-se com o passar dos anos uma figura mítica, pela sua fascinante personalidade, pela sua nobreza de carácter, pelo virtuosismo plástico dos seus trabalhos artísticos, pelo seu trabalho de investigador atento, pela sua retidão.
A harmonia e a transparência que emanam e estão patentes nas suas obras são o reflexo da vida que levava enquanto Homem, Artista, Marido e Pai de Família.
Atividades
A par da exposição permanente, com rotatividade de 4 meses, o museu desenvolve um conjunto de atividades mensais (museu com música, chá com arte, projeções multimédia, workshops, hora do conto, o museu e o saco das pipocas), outras periódicas (o museu vai ao hospital, o museu vai à escola, colaboração com o festival materiais diversos, JazMinde, NaturaMinde, o som das cores) e outras esporádicas como, Mind`de viagem, rota das serras, dos saberes e dos sabores.
Estas atividades são destinadas a públicos distintos, indo ao encontro dos interesses e necessidades da comunidade.
Inverno:terça a domingo, 10h00 – 16h00
Verão: terça a domingo, 10h00 – 18h00
Encerrado: 12h30 – 14h00, 2ª feira e feriados
Entrada gratuita: 18 de maio, crianças (quando acompanhadas por adultos) até aos 10 anos, grupos de alunos acompanhados pelos respetivos professores
Atividades temporárias: Exposições temporárias, concertos comentados e outras atividades
Centro de Documentação: Especialmente vocacionado para estudantes, professores e investigadores, mediante marcação prévia.
Visitas: Todas as visitas (grupos até 10 pessoas) são orientadas (de hora a hora, com início às 10h).
Visitas de Grupos com marcação prévia.
As visitas de grupos de alunos de escolas terão lugar à 4ª e 5ª feira de manhã.
Loja aberta no horário de funcionamento do Museu.