Património Material
Paço e Castelo de Ourém
O Castelo de Ourém situa-se na área que hoje pertence ao município de Ourém, mesmo no centro do país onde convergem vários antigos itinerários e numa zona onde abundam recursos naturais fundamentais à subsistência e fixação de populações, de acordo com os variados vestígios arqueológicos conhecidos.
Após a conquista aos mouros em 1136, D. Afonso Henriques, em 1178, entregou Ourém à Infanta Dona Teresa, sua filha, que lhe conferiu foral, atribuindo, assim, grande importância a este território. Mais tarde, em 1384, D. João I doa a cidade a D. Nuno Álvares Pereira e o título de Conde de Ourém.
É o neto de D. João I, D. Afonso, Conde de Ourém e Marquês de Valença, que, em meados do séc. XV decide erguer as muralhas do primitivo castelo para a construção do Paço, que veio a ser destruído quase por completo no terramoto de 1755.
O período que se seguiu foi de deterioração principalmente provocado pelas invasões francesas. No início do século XIX, o edifício foi incluído no primeiro processo nacional de classificação de "monumentos nacionais". Assim, em 1910, comprovando a sua importância histórica, foi alvo de obras de restauro e valorização.
Situado no topo de um monte que se eleva sobre a Vila e de difícil acesso, no castelo, originalmente construído entre os séculos XII e XIII, D. Afonso, Marquês de Valença foi também responsável pela construção do Paço de influência italiana.
O conjunto forma um triângulo com corpo central de planta rectangular e duas torres fortificadas rematadas por ameias inseridas no conjunto muralhado de planta poligonal da Vila. Os dois pisos inferiores foram rematados com um terraço rodeado por um balcão com mata-cães sobre arcaria assente em mísulas piramidais.