Na “Monografia do Concelho de Loulé”, Ataíde Oliveira indica que, inicialmente, este foi um solar pertencente à família Barros Aragões, tendo sido reconstruído no inicio do século XIX por dois dos seus descendentes. Não se sabe ao certo o que terá motivado esta reconstrução, no entanto, é bastante provável que o edifício tenha sido afetado pelo terramoto de 1755.

No princípio do século XIX, o edifício terá também sido ocupado pelas tropas francesas. Já no século XX, durante o Estado Novo, funcionou ali uma escola primária só para raparigas.

Posteriormente, o solar foi sede do Sindicado Nacional dos Sapateiros do Distrito de Faro até aos anos 70 do século XX, altura em que foi extinto, dando lugar à Associação dos Sapateiros Louletanos.

Mais tarde o edifício teve como proprietário J. Francisco que aí instalou o seu comércio de empreitas, palmas e chapéus.

Em 1993, um incêndio destruiu grande parte do solar e votou-o à ruína, sendo que depois deste incidente o edifício não foi objeto de qualquer obra. Finalmente, em 2001, quando o processo de degradação do edifício era já bastante acentuado, a Câmara Municipal de Loulé decidiu adquirir o mesmo com o intuito de aí albergar as instalações do Arquivo Municipal.

O Arquivo Municipal com sede neste edifício foi inaugurado no dia 4 de Agosto de 2007.

Segunda a Sexta, das 9h00 às 17h00

SABÓIA, Rita Alexandra, “Arquivo Municipal de Loulé: a Problemática de uma Reconversão Funcional”, in al’-Ulya n.º12. Loulé, Arquivo Municipal, 2008, p. 145-147.