Teatro
CONSERVATÓRIO DE MÚSICA
O Conservatório foi fundado por Garrett em 1836, com a designação de Conservatório Geral de Arte Dramática, e absorveu e alargou ao teatro e à dança a Escola de Música, essa por sua vez criada em 1835 por José Domingos Bontempo e herdeira da velha Escola de Música da Patriarcal de D. João V.
O enquadramento legal do Conservatório decorre dos diplomas redigidos por Garrett, assinados por Passos Manuel e referendados por D. Maria II, que deram execução à vasta e em muitos aspetos ainda atual reforma garrettiana das artes de espetáculo: portarias de 28 de Setembro e de 15 de Novembro de 1836 e Relatório de 12 de Novembro, de 1836, este assinado pelo próprio Garrett, que não se escusou a um auto elogio político: “valetudinário e achacado de corpo e espírito, que ambos quebrei no serviço de Vossa Majestade e pela santíssima causa da Liberdade da minha Pátria”…
Ora a reforma de Garrett não só abarca uma vasta pluralidade estrutural da atividade e do ensino da arte teatral como mantém uma singular atualidade nas grandes áreas cobertas, independentemente, é óbvio, das mudanças culturais , económicas, técnicas e sociais entretanto decorrentes. Com efeito, a legislação de 1836 cria a Inspeção Geral de Teatros e Espetáculos Teatrais, a política de subsídios, o Conservatório, a Companhia de Teatro Nacional, os concursos de peças, o regime de direitos de autor e até a política e respetiva regulamentação de subsídios às companhias teatrais!
Em 1836, Garrett assume a direção do que se chamou então Conservatório Geral de Arte Dramática, englobando o ensino da música, do teatro e da dança. Manter-se-ia nessas funções até 1842, sendo então exonerado por Costa Cabral. Mas, entretanto, coube-lhe definir, em sucessivos diplomas, as bases do ensino das artes de espetáculo e, ao mesmo tempo, gerir e adaptar o velho edifício conventual, datado de 1653.
O ensino da música, do teatro e da dança coexistiram efetivamente no velho Convento dos Caetanos até finais do seculo passado, - quando o teatro e o cinema passam para a ESTC da Amadora - no edifício seiscentista devidamente adaptado e sucessivamente modernizado sem destruir a traça arquitetónica que resistiu ao Terramoto. O edifício atual foi valorizado por sucessivas adaptações à atividade cultural.
A primeira grande alteração estrutural ficou a dever-se a Luís Augusto Palmeirim, que projetou e conseguiu inaugurar em 1881, decorridos 17 anos de lutas contra a burocracia, o então chamado salão-teatro, segundo a traça de Valentiniano José Correia, valorizada por pinturas de Malhoa e Eugénio Cotrim.
O Conservatório foi objeto de obras de recuperação e modernização em 1911 e em 1941-42, estas valorizadas pela instalação de um núcleo museológico e de uma sala estúdio vocacionada para o ensino do teatro. Pela mesma época, o acesso à sala de concertos foi beneficiada por dois grandes frescos da autoria de Domingos Rebelo, representando um conjunto de compositores e dramaturgos portugueses.
É hoje uma excelente Escola de Arte, no ponto de vista arquitetónico, mas também e sobretudo no ponto de vista artístico e pedagógico: e convenhamos que esse é o aspeto primordial!
2ª a 6ª feira
Manhã: 9:30H – 12:30H
Tarde: 14:00H – 16:00H
Tel. 21 342 59 22
secalunos@emcn.edu.pt