Teatro
TEATRO LUIS DE CAMÕES
O TEATRO LUIS DE CAMÕES E A NOVA CENTRALIDADE CULTURAL E URBANA DE LISBOA
(texto de Duarte Ivo Cruz)
A renovação urbana da EXPO 98, deixou uma marca profunda de qualidade no ponto de vista social e cultural. No que se refere ao teatro, o aspecto mais notável é obviamente o Teatro Luís de Camões, crismado também durante a exposição como Auditório Júlio Verne, homenagem,, que entretanto foi esquecida, ao próprio temário do certame. E no entanto, se houve um poeta-dramaturgo viajante na nossa cultura, espírito renascentista até na visão cientifica do grande poema – foi Luis de Camões…
Fica bem , pois, este nome ao mais moderno teatro de ópera e de bailado do País. Projecto de Manuel Salgado e Marino Fei, imponente nos quase 900 lugares, excelentemente equipado, o Teatro Luís de Camões desdobra-se em dois blocos contrastantes na fachada de vidro voltada para o Tejo, o que já de si constitui uma notável aproximação ao espectáculo, e numa imponente caixa de palco, de metal pintado de azul.
E esse contraste arquitectónico valoriza em si mesmo o edifício, pois marca uma perspectiva como que cenográfica, ainda realçada por um sistema de cabos e pela grande fachada de vidro...
E precisamente: numa comparação com a função social do Teatro de São Carlos a partir do século XIX (mas não só, acrescentemos…) José Augusto França enfatiza “o segundo espectáculo que o grande átrio, com as suas escada simétricas, oferece do exterior, pela transparência da parede que o fecha ou abre, de tal modo que os utentes do espectáculo da sala são usados também por quem passe e olhe as suas deambulações”…
Dias de espectáculo das 14h até 30 minutos após o início do espectáculo.
BIBLIOGRAFIA - José Augusto-França, “Lisboa, História Física e Moral”, Livros Horizonte, Lisboa 2008. cfr. também Rose e Michel Toussaint, “Lisbon Worled Expo 98 – Porjects”, ed, Blau, e Barbosa Vilalobos e Michel Tuossainta, “Exposição Mundial de Lisboa – Arquitectura” ,Blau ed.”