Capela da Senhora do Monte e casa rural
Inaugurada no início de 2015, a Musealização da Capela da Senhora do Monte e de uma casa rural, na freguesia de Garfe, encontra-se à disposição da comunidade, contribuindo para o enriquecimento histórico-arqueológico e para a promoção turística do concelho.
Este projeto de recuperação do património arqueológico, deve-se ao empenho das instituições envolvidas: Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Junta de Freguesia e Centro Social e Paroquial de Garfe, bem como dos principais obreiros destes trabalhos arqueológicos, os voluntários.
Tratou-se de uma intervenção arqueológica nas Tapadinhas da Senhora do Monte, na referida freguesia, realizada única e exclusivamente com participantes voluntários, num total de 70, com idades compreendidas entre os 9 e 67, oriundos de várias freguesias do nosso concelho e dos concelhos de Fafe e de Guimarães.
De lembrar que, em 2012, os trabalhos permitiram colocar a descoberto um segmento da primitiva capela da Senhora do Monte, mandada edificar por Margarida Coelho, em 1654. Esta estrutura exibe um muro de duplo paramento, de construção tosca, sem grande preocupação no assentamento dos silhares.
Apresenta-se como um edifício relativamente baixo, confirmado pela ausência de vala de fundação e paredes frágeis, e com um espaço interior relativamente diminuto, com aproximadamente 3,57 m de comprimento e 3,05 m de largura.
Já em agosto de 2013, na continuidade dos trabalhos arqueológicos, foi possível intervencionar arqueologicamente as ruínas de uma estrutura, com configuração em U, que envolve a capela da Senhora do Monte. Trata-se, na realidade, dos alicerces de uma nova capela, que ia ser construída para suprir a ausência de espaço da capela primitiva, mas nunca foi concluída por falta de esmolas e, acima de tudo, pela saída do principal impulsionador destas obras, o reitor Salvador de Oliveira.
Os trabalhos arqueológicos ficaram concluídos em meados de novembro de 2014 e puseram a descoberto uma casa de planta retangular, constituída por rés-do-chão e primeiro andar, edificada no século XVII. As paredes, com aproximadamente 80 cm de largura e apoiadas em sólidos alicerces, são edificadas por grandes blocos graníticos, afeiçoados e assentes sem grande esquadria, e pedra miúda, a preencher os interstícios que não apresentam vestígio de argamassa.