Anna Mascolo
Coreógrafa e bailarina italiana, natural de Nápoles. Nasceu no dia (18 de Dezembro de 1930)
Bailarina, professora, coreógrafa e directora artística. Portuguesa por casamento, começou a estudar dança, aos 10 anos, com a professora alemã Ruth Asvin, quando a sua família se fixou em Lisboa. Posteriormente frequentou a escola de dança do Conservatório Nacional, onde se diplomou em 1947. Fez parte, desde a sua fundação, em 1945 e até 1953, do Círculo de Iniciação Coreográfica (CIC) sob a direcção de Margarida de Abreu. Nesse grupo dançou papéis de destaque em obras como “Nova Chopiniana”, “Pássaro de Fogo”, “Quadros de Uma Exposição” e “Fêtes”.
Estudou em Nápoles com Bianca Gallizia, em 1950. Dois anos depois, participou numa série de recitais com Águeda Sena e Fernando Lima, no Teatro Monumental, genericamente intitulados “Tardes de Ballet”. Neles estreou a sua primeira criação: “A Morte e o Convidado”, para a Música de A. Katchaturian. A partir de Maio de 1953 – com o nome artístico de Anna Maria Drisi – dançou em vários países integrada no elenco da companhia do Marquês de Cuevas. Nela estudou com Bronislava Nijinska, Leonide Massine, Felia Doubrovska, George Skibine e Edward Gaton, tendo dançado papéis solísticos nos seguintes bailados: “Ange Gris” (G. Skibine), “La Tertulia ou Les deux Rivales” (Ana Ricarda e Irene Lidova), “Scarlatiana” (Vladimir Skouratoff), “Le Moulin Enchanté David Lichine), “Bodas de Aurora” (versão de B. Nijinska) e “Concerto de Chopin” (Bnjko).
Por razões de ordem familiar regressou a Portugal, tendo deixado a companhia em Dezembro de 1954. Desde que fundou, em 1958, o Estúdio-Escola de Dança Clássica Anna Mascolo, começou a dedicar-se especialmente ao ensino. Directora artística do Grupo Experimental de Ballet do fim do ano de 64 a meio do de 65 – agrupamento para o qual tinha criado a peça “Perfis” (musica Paul Hindemith, 1964) -, e do Grupo de Bailado Anna Mascolo (1969-73). De 68 a 75, entre outras realizações, Anna Mascolo como coreógrafa e bailarina principal do seu grupo, participou nas temporadas de ópera do Teatro da Trindade (“Sonâmbula”, “Bodas de Fígaro” e “Rigoletto”, em 68; “Traviata”, “Serrana” e “Bodas de Fígaro”, em 69; “Cármen”, “Rondino” e “Fausto”, em 70; “Elixir do Amor” e “André Chenier”, em 71 e “A Flauta Mágica” em 72 e 75. É professora da Escola de Dança do Conservatório Nacional desde 1975 e da Faculdade de Motricidade Humana da UTL a partir de 1983, onde permanece até 2001. Em 2007 comemora 50 anos de carreira, e os 50 anos do seu Estúdio-Escola.