Personalidades
Armando Jorge
Armando Jorge, (Vermelha/Cadaval), nasceu no dia 22 de março de 1938.
Bailarino, coreógrafo, diretor artístico, professor e empresário.
Em Novembro de 2008 foi condecorado pelo Presidente da República, com o Grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada.
Começou a estudar dança com Margarida de Abreu, quando ainda era aluno do curso especial de pintura da Escola de Belas-Artes de Lisboa. Iniciou a sua carreira no Círculo de Iniciação Coreográfica de 1959 e, dois anos depois, já como profissional, integra o elenco do Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, onde rapidamente ascendeu a uma posição de destaque. Em 1962 ingressou nos Grands Ballets Canadiens, como solista, por influência direta do antigo bailarino da Companhia do Marquês de Cuevas, o francês Daniel Sellier, com quem trabalhara em Lisboa durante algumas temporadas.
A convite da Fundação Gulbenkian, deslocou-se a Portugal em 1964 para dançar o “pas de deux” do III ato do Lago dos Cisnes (o “Cisne Negro”), no VIII Festival Gulbenkian de Música, acompanhado por Margery Lambert. De volta ao Canadá, retomou o seu trabalho nos GBC tendo regressado definitivamente a Portugal (e ao GGB) em 67, também acompanhado de Margery Lambert.
No Grupo Gulbenkian de Bailado interpretou alguns papéis do reportório clássico, como Albrecht , em “Giselle”, o Poeta nas “Sílfides”, o Príncipe no “Quebra Nozes”, Siegfried no “lago dos Cisnes” e ainda o papel titular de Petruchka”. Para o BG coreografou os bailados “Movimentos Sinfónicos” (mus. Haydn, 1971), “Canto da Solidão” (música Álvaro Cassuto, 1973), “Hossana Para Um Tempo Novo” (música Rachmaninov, 1977), “Distâncias, Sonhos Proximidades” (música V. Dionne e M-G Bregent, 1978) e para a CNB “Carmina Burana” (música Carl Orff, 1979), “Diálogos” (música Samuel Barber, 1980), “Transparências” (música de Luís de Freitas Branco, 1980), “Página Esquecida” (música Fernando Lopes-Graça, 1982), “Noite de Valpúrgias” (música Gounod, 1982), “Evocações” (música Álvaro Cassuto, 1984) e “Sonho de Uma Noite de Verão” (música Mendelssohn, 1995) e remontou versões de obras de reportório como o “Pas Classique” do bailado “Raymonda”, “O Quebra-Nozes” e “O Lago dos Cisnes”.