Isabel Felix

Tipo de Património

Biografia

Isabel Santa-Rosa Felix, Casablanca, Marrocos, 18 de Fevereiro de 1931. Bailarina, mestre de bailado, ensaiadora, coreógrafa e directora artística. De nacionalidade portuguesa, nasceu em Marrocos, onde estudou com a professora russa Mentine Patti no Conservatório de Casablanca. Terminou o curso em 1947, recebendo a Medalha de Ouro (do Conservatório) e diploma em “danças rítmicas e clássicas”. Estabeleceu-se em Portugal nesse mesmo ano, tendo seguidamente iniciado a sua carreira profissional no Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, o único existente em Portugal nessa época. Em 1960, constitui-se em Lisboa o Centro Português de Bailado e, no ano seguinte, o Grupo Experimental de Bailado, de que foi bailarina fundadora. Com o apoio da Fundação Gulbenkian, o GEB passa, em 1965, a Grupo Gulbenkian de Bailado (sob a direcção de Milko Sparemblek), e, em 1975, finalmente, a Ballet Gulbenkian. Em ambas as companhias dançou criações de Águeda Sena, Fernando Lima, Juan Corelli, John Butler, Jorge Garcia, Milk Sparemblek e Lar Lubovitch, bem como um vasto reportório de seu marido, o coreógrafo Carlos Trincheiras: “Dulcineia”, “Inter-Rupto”, “Satélites”, “O Trono”, “Arquipélago III”, etc. Ao lado dos bailarinos Carlos Trincheiras, Armando Jorge e Ger Thomas, dança obras como “O Lago dos Cisnes”, “Quebra Nozes”, “Giselle” e “Petruchka”. No Verão de 77 deixou o Ballet Gulbenkian – então com a categoria de “Bailarina Principal Convidada” – para exercer o cargo de sub-directora do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, então dirigido por Jorge Garcia (temporada de 1978/79). Volta ao Brasil como Mestra-de-Bailado do “Grupo Corpo”, de Belo Horizonte e depois do “Grupo de Dança do Palácio das Artes”, da mesma cidade. A partir de 1981 estabeleceu-se na cidade de Curitiba/Paraná, onde exerceu, até 1993, as funções de Mestra-de-Bailado do Ballet do Teatro Guaíra (BTG). Em Janeiro de 1994 regressou a Portugal para assumir as funções de directora artística da Companhia Nacional de Bailado, cargo que deixou no Verão de 1996.