Alminhas de grande valor artístico, assentes num bloco de pedra que lhes serve de suporte. Aqui inscreve-se o campo epigráfico rectangular, delineado por moldura de extremidades côncavas onde se pode ler a inscrição "Ó VÓS / QUE HIDES PA / SANDO LEM / VRAIVOS DE / NOS QUE ISTA / MOS PE / NANDO. Os erros atestam a ignorância do simples canteiro que esceveu a súplica em nome das almas do purgatóri. O apelo é encimado pela data de 1867, flanqueado pelas iniciais M.C. / C.O. Os dizeres, a moldura do nicho e a cruz, foram indevidamente avivadas a negro. O monumento em si apresenta decoração arquitectónica, com colunas lisas que suportam um frontão curvo. As suas dimensões totais são de 1,58 m por 53,5 cm.

Alminhas - alegoria das almas do purgatório, muito representada em pequenos monumentos dispostos à beira de caminhos, encruzilhadas ou em registos de azulejos nos exteriores das casas. (in Dicionário Ilustrado de Belas Artes, Ed. Presença, Lisboa, 1985)