Moinhos de Água (Rocas do Vouga)
Toda a freguesia é recortada por inúmeros cursos de água que regam campos férteis e alimentam as mós. Disto é exemplo a levada do Gresso, que com a força da corrente provia de energia vários rodízios. Alguns deles como o da Carneira estão hoje, votados ao abandono. Construído em pedra da região, podemos ver que no seu interior ainda se encontram as mós. Não muito distante situa-se o da Serralheira. Edificado, obedecendo às regras da arquitectura popular e aos materiais tradicionais, está em melhor estado de conservação que o anterior, apesar de algumas adulterações que recentes restauros/reparações produziram.
Na mesma localidade descobrimos outros exemplares dignos de nota. É o caso do Moinho do Linheiro. Propriedade dos mesmos donos do engenho de linho, que existe nas proximidades, encontra-se bem conservado e recentemente viu o seu tradicional rodízio de madeira substituído por um de ferro. Auxiliado por um eficaz aliviadouro, que controlava a distância entre as mós e consequentemente o grau de espessura da farinha, este maquinismo moía vários cereais dos quais se destacam: milho, centeio e trigo.
A seguir aparece o do "Professor Amigo" e o moinho do Capela, pequena casa de pedra caiada e coberta de telha marselha, localizado junto à estrada é alimentado por uma levada que tem a sua origem no rio Gresso. Encontra-se em funcionamento apesar do seu rodízio ter sido substituído.
O mesmo curso de água abastecia os engenhos da Marta e o Fundeiro situados perto da estrada que vai para o Arestal. O primeiro tem dois andares e apesar de se encontrar actualmente abandonado, ainda são visíveis os dispositivos de moagem. O segundo não passa de uma ruína e está inacessível devido à densa vegetação que o cobre.