Coimbra está situada no eixo central de Portugal e constitui ligação entre o Sul mediterrânico e o Norte atlântico.

A importância de Coimbra na história do país revela-se em várias vertentes, mas atesta-se pela presença no seu Mosteiro de Santa Cruz dos túmulos dos dois primeiros reis de Portugal: D. Afonso Henriques e D. Sancho I.

Pode também verificar os vestígios da presença romana em Coimbra se visitar o Museu Nacional Machado de Castro onde encontra o croptopórtico romano. O Mosteiro de Santa Cruz foi um dos principais centros de poder, mas também o principal pólo artístico e intelectual do país. A cidade, estende-se por uma íngreme colina até às margens do rio Mondego que foi um importante porto fluvial, em contacto com o comércio marítimo.

Na época dos Descobrimentos Coimbra tornou-se no principal centro artístico do país onde trabalharam mestres vindos de toda a Europa. Em 1290 é fundada em Coimbra a Universidade que alternou a sua localização com Lisboa até 1537, data em que o rei a sediou definitivamente em Coimbra. A cidade transforma-se então na Cidade dos Estudantes. Importante centro filosófico e científico da Europa, perderia o monopólio da Universidade com a implantação da República. Manteve, apesar disso, a primazia na tradição: as características capas negras dos estudantes com um rasgo na aba por cada desgosto amoroso ou sucesso escolar; as mais de vinte Repúblicas de curiosos nomes que servem de residência aos alunos, de local de estudo e de boémia; a festa da Queima das Fitas, ímpar manifestação de folia e ocasião para crítica escolar e política e o famoso fado de Coimbra, balada cantada por estudantes e antigos alunos, pleno de poesia e encanto.

O Mosteiro de Santa Cruz foi fundado na primeira metade do séc. XII, sob patrocínio real e tornou-se no principal centro intelectual e artístico de Portugal no início da Idade Média.