Centro Histórico de Bragança
Situada nas Montanhas do Nordeste Transmontano, a cidade de Bragança perde a sua origem nos confins dos tempos. Destruído o primeiro núcleo durante as lutas da reconquista, é reconstruída por Fernão Mendes e conhece o primeiro foral no final do séc. XII, reafirmando a sua importância como bastião de defesa fronteiriça com a Galiza.
D. Afonso, filho ilegítimo de D. João I e genro de Nuno Álvares Pereira, foi em 1442, o primeiro Duque de Bragança e desta casa descendeu a quarta dinastia da monarquia portuguesa. Embora muito pouco impulsionada pelos seus duques, a cidade durante o séc. XVI, conheceu alguma prosperidade, quando se tornou porto de acolhimento de judeus, que souberam imprimir um novo fôlego cultural e económico à cidade .
Tornou-se desde então o grande centro de cultura do sirgo e da indústria da seda. O património construído de Bragança surpreende pelo estado de conservação que ainda apresenta. O Castelo tem duas cinturas, pelo interior desenvolve-se a cidadela, bem conservada e, surpreendente na sua estrutura arquitectónica de defesa ainda hoje habitada. A gótica torre de menagem conjuntamente com um caminho de ronda quase todo intacto, são testemunhos da função de guarda que a cidade tinha. Edifícios do séc. XV e solares do séc. XVII e XVIII, são bem demonstrativos de épocas da riqueza industrial e comercial da cidade.
A tradição e a superstição, de mãos dadas com a religiosidade e o distanciamento de uma corte, fizeram com que a cidade e a sua envolvente guardasse os costumes, romarias e festas pagãs que ainda hoje fazem parte do ritual da população de Bragança.