Fojos da Cabreira, Armadilhas de caça
O conjunto monumental designado por Fojos da Cabreira situa-se na linha de cumeada formada por Cortegacinhas, Alto do Seixo, Pau da Bela e Trovão, implantando-se no início da vertente Sul dessa cumeada. A sua área de implantação abrange as freguesias de Anjos, Ruivães, Rossas, Campos e Vilarchão.
O conjunto é constituído por três construções independentes entre si, possuindo, no entanto, características morfológicas semelhantes. Cada uma é formada por dois paredões que convergem para um poço, configurando uma planta em V. A baliza cronológica proposta para os fojos engloba o espaço temporal compreendido entre os finais do século XVII – Fojo do Ribeiro do Fojo e Fojo da Ribeira das Figueiras Bravas - e a segunda década do século XX – Fojo Novo.
Foi localizado e identificado recentemente um quarto fojo - o Fojo da Alagôa - na zona da Serradela. Este fojo vinha referido na bibliografia como estando destruído.
Os Fojos da Cabreira são armadilhas de caça defensiva, no caso para a captura do lobo. A batida aos lobos era feita a partir da base da vertente Noroeste do Maciço da Cabreira, em direcção aos fojos. A descida da vertente implicava a entrada no fojo, em direcção ao poço onde, uma vez aprisionados, eram abatidos.
FONTES, Luís Fernando de Oliveira. Inventário de Sítios e Achados Arqueológicos da Vertente Alta da Serra da Cabreira, Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Braga 1998.
VIEIRA, José Carlos. Vieira do Minho – Notícia Histórica e Descritiva, Edição fac-símile da edição de 1925, Braga 2000.