Personalidades
Luzia Maria Martins
Luzia Maria Martins, filha do cenógrafo Reinaldo Martins, nasceu em Lisboa, a 27 de Maio de 1927.
Ainda em criança trabalhou na Companhia Maria Matos e na Companhia Alves da Cunha. Mais tarde, depois de frequentar o liceu e de passar pela rádio e pelo jornalismo, partiu para Londres onde fez a aprendizagem de teatro em simultâneo com o trabalho para a BBC como locutora e produtora das Secções Portuguesa e Brasileira.
Durante os 11 anos de permanência em Londres frequentou também os seguintes cursos: Filosofia (Universidade de Londres); Cinema (London School of Film Technique); Encenação de Ballet (Royal Academy of Dancing); Encenação Teatral (City Literary Institute). Depois disso, nos finais de 1963, fundou com a actriz Helena Félix, o Teatro-Estúdio de Lisboa.
No Teatro Vasco Santana, onde sempre actuou, teve como principal preocupação a renovação do repertório, dando a conhecer, entre outros, os novos autores de origem anglo-saxónica.
Luzia Martins, traduziu e encenou para este Teatro, entre outras, as peças: Joana de Lorena, de Maxwell Anderson; O pomar das cerejeiras, de Tchekov; Mesas separadas, de Terence Rattigan; Tomás More, de Robert Bolt; Exercício para cinco dedos, de Peter Shaffer; A nossa cidade, de Thornton Wilder; Noite de verão, de Ted Willis; Um sonho, de Strindberg; Lar, de David Storey; Testemunho inadmissível, de John Osborne; Os amigos, de Arnold Wesker; O mar, de Edward Bond; A louca de Chaillot, de Jean Giraudoux; Quem é esta mulher, de Marguerite Duras; O escritório, de Vacláv Havel; Guerra e paz, de Tolstoi (versão de Erwin Piscator); Habeas Corpus, de Alan Bennet.
Como autora de textos teatrais, destacam-se: Bocage: alma sem mundo e Quando a banda tocar.