"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Personalidades

Luiz Francisco Rebello

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Personalidades
Biografia

Luiz Francisco Rebello nasceu em Lisboa em 10 de Setembro de 1924. Em 1946, funda e dirige o Teatro-Estúdio do Salitre, em Lisboa. Foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores desde 1968, tendo em 1973 o cargo de presidente da direcção e administrador-delegado desta instituição. Exerceu também a função de director do Teatro Municipal de S. Luís, entre 1971 e 1972, altura em que deixou de prestar esse serviço por não aceitar os pareceres da Comissão de Censura. Em 1975, foi eleito sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa (Classe de Letras). Luiz Francisco Rebello foi dramaturgo, teatrólogo e jurista especializado em Direito de Autor, tendo participado nos trabalhos de discussão e elaboração do Código do Direito de Autor. Participou em congressos e reuniões internacionais de teatro e sobre propriedade intelectual. A sua experiência e competência nestes domínios, fizeram que fosse delegado do governo português, em diversas conferências diplomáticas, realizadas em 1971, 1974 e 1975, designadamente: Conferência da Revisão das Convenções Internacionais Sobre Direito de Autor; Convenção Universal; Reuniões da Organização Mundial de Propriedade Intelectual; Comité Intergovernamental da Convenção Universal Sobre Direito de Autor. De 1972 a 1976, foi presidente do Conselho Internacional de Autores Dramáticos, e entre 1976 e 1978, vice-presidente da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores. Na qualidade de deputado independente pelo grupo parlamentar do Partido Comunista Português, participou em 1985, na discussão e elaboração do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos. Sobre estas matérias publicou em 1985 uma edição anotada. Entre as suas principais obras nos domínios da história e do ensaio teatral, contam-se: Teatro moderno, caminhos e figuras (1ª ed. 1957); História do teatro português (1ª ed. 1968); O jogo dos homens (1971);Combate por um teatro de combate (1977); O primitivo teatro português (1977); O teatro simbolista e modernista (1979); Variações sobre o teatro de Camões (1980); 100 Anos de teatro português (1984); História do teatro de revista em Portugal (1984); O teatro de Camilo (1991). No campo da produção de obras teatrais originais: O mundo começou às 5 e 47 (Teatro-Estúdio do Salitre, 1947); O dia seguinte (estreia em França, no Teatro da Huchette, 1953; Teatro Nacional de D. Maria II, 1963); Alguém terá de morrer (Teatro Nacional, 1956); É urgente o amor (Teatro Experimental do Porto, 1958); Os pássaros de asas cortadas (Teatro da Trindade, 1959); Condenados à vida (que recebeu o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Escritores, 1964); A lei é a lei (A Barraca, 1977); A visita de Sua Excelência (1962, publicada em 1978); Portugal, anos 40 (Fundação Calouste Gulbenkian, 1983); Todo o amor é de perdição (RTP, 1990). Algumas das suas obras foram traduzidas e/ ou representadas em diversas línguas. Também traduziu e adaptou inúmeras peças de diversos autores, entre as principais obras teatrais adaptadas, incluem-se: Dente por dente, de Shakespeare (Teatro Moderno de Lisboa, 1964); Liberdade, liberdade, de Flávio Rangel e Millor Fernandes (Teatro Villaret, 1974); O círculo de giz caucasiano, de Bertold Brecht (Teatro Aberto, 1977); Eu desço na próxima, e você?, de A. Marsillach (Teatro Variedades, 1984); A dama do Maxim's, de G. Feydeau (1987). Luiz Francisco Rebello foi galardoado em 1985, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, e em 1991, em França, com o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito.

Prémios
Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Escritores; Comenda da Ordem do Infante D. Henrique; Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito (França).
Data de atualização
11/12/2008
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