Jorge Peixinho nasceu em 1940 no Montijo e faleceu em Julho de 1995. Terminou os cursos de Composição e Piano no Conservatório Nacional de Lisboa e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian onde estudou com Boris Porena. Mais tarde, na Academia de Santa Cecília em Roma, ainda como bolseiro da F. C. G., estudou com Goffredo Petrassi, obtendo o diploma de aperfeiçoamento de Composição (1961). A sua formação continuou, também bolseiro do Instituto de Alta Cultura, colaborando com Karlheinz Stockausen e Pierre Boulez na Academia de Música de Basileia. Durante uma década (1960-1970), participou nos Cursos de Darmstadt onde aprofundou a sua relação com Stockausen, um dos mais importantes compositores da vanguarda europeia, tendo tomado parte em concertos experimentais organizados na mesma cidade (1967-1968). Nas diversas actividades artísticas, Jorge Peixinho destacou-se como compositor, pianista, professor, organizador de concertos, conferencista e crítico. Entre 1962 e 1966, dirigiu cursos de música contemporânea juntamente com os compositores Pierre Mariétan e Louis Saguer e foi professor de Composição no Conservatório de Música do Porto. Em 1970 foi um dos fundadores do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa que, ao longo dos anos, realizou concertos em diversos países como Espanha, França, Holanda, Itália, Jugoslávia, Polónia e Brasil, entre outros. Da sua vasta obra destacam-se as suas primeiras produções Tríptico, Políptico e Sucessões Simétricas, revelando-se um compositor original e eclético, assim como: Concerto de obué, Ouçam a soma dos sons que soam, Mediterrânica, Concerto de harpa. Ao longo da sua carreira foi distinguido por instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian (onde foi assíduo colaborador), a Sociedade Portuguesa de Autores e Sociedade Internacional de Música Contemporânea.