"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Personalidades

Jorge de Sena

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Personalidades
Biografia

Nasceu em Lisboa a 2/11/1919; morreu em Califórnia a 4/6/1978. Começando por ingressar na Escola Naval, aos 17 anos, onde concluiu o curso de cadetes, licenciou-se em Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia do Porto, em 1944. Vinte anos mais tarde, em 1964, doutorou-se em Letras, no Brasil, país onde se instalou em 1959 por razões políticas. Trabalhando como professor universitário de Teoria da Literatura, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, no Estado de S. Paulo, naturalizou-se cidadão brasileiro em 1963. No Brasil, Jorge de Sena, em conjunto com Casais Monteiro e Sarmento Pimentel, fez parte do conselho de redacção do jornal Portugal Democrático, em oposição ao regime de Salazar. Em 1961 tornou-se professor catedrático de Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, dedicando-se simultaneamente ao ensino de Literatura Inglesa e aos estudos camonianos. Quando se dá a revolução militar no Brasil, Jorge de Sena muda-se para os Estados Unidos e torna-se professor na Universidade de Wisconsin, em 1965, onde permanece até 1970, ano em que se tranfere para a Califórnia e ocupa o cargo de professor universitário na Universidade de Santa Bárbara. Volta a Portugal em 1968, como bolseiro da Gulbenkian, regressando só nove anos mais tarde, em 1977, como convidado de honra nas comemorações do Dia das Comunidades e de Camões. Além de diversas condecorações atribuídas pelo governo português, recebeu também o Prémio Internacional Etna-Taormina, em 1977, um dos prémios de poesia com mais prestígio. Destacando-se como camonianista, escreveu: Uma Canção de Camões (1966), Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular (1969), e A Estrutura de Os Lusíadas - Outros Estudos Camonianos e de Poesia Penínsular do Século XVI (1970). Como poeta, publicou: Poesia I (1961), Metamorfoses e Quatro Sonetos a Afrodite Anadiomena (1963), Arte da Música (1968), Peregrinatio ad Loca Infecta (1972), e Conheço o Sal e Outros Poemas (1974). Na área da ficção escreveu as colectâneas de contos: Andanças do Diabo (1960), Novas Andanças do Demónio (1966), e Os Grão-Capitães (1976), e ainda os ensaios Dez Ensaios sobre Literatura Portuguesa (1958), Da Poesia Portuguesa (1959), Ensaio de uma Tipologia Literária (1960), O Poeta é um Fingidor (1961), O Reino da Estupidez (1961), Sistemas e Correntes Críticas (1966), Dialéticas da Literatura (1973), Maquiavel e Outros Estudos (1974) e os livros póstumos O Reino da Estupidez II e Dialéticas Aplicadas da Literatura.

Prémios
Prémio Internacional Etna-Taormina.
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Data de atualização
03/12/2008
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