Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu em Póvoa da Atalaia (Fundão) a 19/1/1923. Estudou no Liceu Passos Manuel em Lisboa, interrompendo a vida liceal para ingressar na Escola (Técnica) Machado de Castro, onde estudou Engenharia até 1938. Viveu em Lisboa e em Coimbra mas foi no Porto que se fixou a partir de 1950 e onde vive actualmente. Publicou dezenas de livros de poesia, no entanto a sua obra abarca também áreas como prosa, livros para crianças, antologias e traduções de grandes poetas estrangeiros para português. O primeiro livro de poemas, com o título Adolescente, foi publicado em 1942, seguindo-se Pureza, em 1945, dois livros "renegados" pelo autor, de onde foram recuperados alguns poemas na edição Primeiros Poemas, de 1977. Em 1948, publica As Mãos e os Frutos, seguindo-se Os Amantes sem Dinheiro (1950), As Palavras Interditas (1951), Até Amanhã (1956), Coração do Dia (1958), Mar de Setembro (1961), Ostinato Rigore (1964), Os Afluentes do Silêncio (1968), Obscuro Domínio e Memórias da Alegria (1971), Variações sobre um Corpo, Antologia Breve e Versos e Alguma Prosa de Luís de Camões (1972), Véspera da Água (1973), Escrita da Terra e Outros Epitáfios (1974), Limiar dos Pássaros (1976), Memória doutro Rio (1978), Rosto Precário (1979), Matéria Solar (1980), O Peso da Sombra (1982), Branco no Branco (1984), Vertentes do Olhar (1986), Rente ao dizer (1992), Ofício de paciência (1994), O Sal da Língua (1995) e Alentejo (1997).