"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Personalidades

David Mourão-Ferreira

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Personalidades
Biografia

Nasceu em Lisboa a 24/02/1927, morreu a 14/6/1996. Os seus primeiros textos de poesia foram publicados em 1945 na revista Seara Nova, cuja equipa de redacção veio a integrar entre 1952 e 1955. Em 1948 frequentou um curso de cultura francesa na Sorbone e em 1951 licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, onde viria a ser docente, entre 1957 e 1963, da disciplina de Teoria da Literatura. Também em 1948, começou a sua participação como autor e actor no Teatro-Estúdio do Salitre, sendo um dos pioneiros do teatro experimental em Portugal, onde foram representadas duas peças suas : Isolda, de 1948, e Contrabando, de 1950. Entre 1950 e 1954, foi um dos directores e fundadores das folhas de poesia Távola Redonda, em conjunto com António Manuel Couto Viana, António Vaz Pereira e Luiz de Macedo. Em 1954, começou a escrever na coluna de crítica de poesia do Diário Popular, e em 1956 fez parte do corpo redactorial da revista Graal, actividades que cessou em 1957. Durante as décadas de 50 e 60 escreveu grande número de textos para fados e canções, interpretados sobretudo por Amália Rodrigues e Simone de Oliveira.

Em 1965, exerceu as funções de secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores, onde se manteve até 1974. Em 1970 voltou a ser professor na Faculdade de Letras, leccionando Introdução aos Estudos Literários e Literatura Francesa. Entre 1974 e 1975 foi director do jornal A Capital. Mais tarde, entre 1976 e 1979, ocupou o cargo de Secretário de Estado da Cultura em três governos. Em 1981, começou a dirigir o Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, assim como a revista Colóquio/Letras, desde 1984. Entre 1984 e 1986 foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores e em 1991 presidente do Pen Clube Português, lugar que ocupa até à sua morte. David Mourão-Ferreira começou por publicar poesia, com os livros A secreta viagem (1950), Tempestade de Verão (1954), Os quatro cantos do tempo (1958). O seu primeiro livro de ficção, Gaivotas em terra foi publicado em 1959, seguindo-se-lhe o livro de poesia À guitarra e à viola (1960), Aspectos da obra de M. Teixeira Gomes (ensaio, 1961), Infinito pessoal e In Memoriam Memoriae (ambos de poesia), Motim literário (ensaio) e a novela O Viúvo, todos editados em 1962, O Irmão (1965), uma peça de teatro premiada com o Prémio de Teatro da Casa de Imprensa, Do Tempo ao Coração (poesia) e Hospital das Letras (ensaio) ambos de 1966, Os Amantes (contos, 1968), Discurso directo (crónicas, 1968), Cancioneiro de Natal (poesia, 1971), Matura Idade (poesia, 1973), Sobre Viventes (textos das suas conferências) e As Lições do Fogo (antologia de poesia), ambos de 1976, Ode à Música e Órfico Ofício (ambos de1980), o livro de contos As quatro estações, de 1981, ano em que recebe o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários pelo conjunto da sua obra, e Os Ramos e os Remos (1985). Em 1986 ganhou o Prémio de Narrativa do Pen Clube Português, o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (ex-aequo com Mário de Carvalho) e o Grande Prémio de Novela e Romane da Associação Portuguesa de Escritores com o romance Um amor feliz, a que se seguiu o livro de poesia O Corpo Iluminado, As Pedras Contadas, Duas Histórias de Lisboa e O Essencial sobre Vitorino Nemésio (ensaio), todos de 1987. Em 1988 publica os livros Nos Passos de Pessoa, com que ganhou o Prémio Jacinto do Prado Coelho, em ex-aequo com Ernesto Sampaio, Marguerite Yourcenar: Retrato de uma Voz, e Obra Poética, premiado com o Grande Prémio Inasset de Poesia. Em 1989, são editados Os Ócios do Ofício e Sob o Mesmo Tecto, seguindo-se, em, 1992, A Arte de Amar (antologia poética), Lisboa, Luzes e Sombras, Maria da Luz e outras esfinges (contos e novelas), Tópicos Recuperados, Terraço Aberto (crónicas e ensaios), e ainda Elogio académico de Vitorino Nemésio. Em 1993 publica Jogo de espelhos - reflexos para um auto-retrato, Magia, Palavra, Corpo, e Evocação de Sebastião da Gama. O seu último livro, uma antologia erótica, é publicado em 1994 com o título Música de cama.

Prémios
Pr. da Crítica Centro Português da Assoc. Internac. Críticos Literários; Pr. Narrativa Pen Clube Português; Pr. D.Dinis da Fund. Casa Mateus; Gr.Pr. Novela e Romane da Assoc. Portuguesa de Escritores; Pr. Jacinto do Prado Coelho; Gr.Pr. Inasset de Poesia.
Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Data de atualização
18/11/2008
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