Personalidades
Agustina Bessa-Luís
Maria Augustina Ferreira Teixeira Bessa Luís, nasceu em Vila Meã a 15/10/1922. Consagrou-se como romancista em 1954, ano em que recebe os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queirós com a obra A Síbila. Mais tarde, em 1959, foi convidada pela Faculdade de Letras e Ciências Humanas de Aix-en-Provence e pela Fundação Laurent-Vibert para ser a representante portuguesa no Recontre de Lourmarin. Entre 1961-1962, integrou o primeiro Conselho Director da Comunidade Europeia dos Escritores sediado em Roma, além de ser colaboradora em várias publicações nacionais como Diário Popular, Diário de Notícias, Jornal de Letras e Artes, O Tempo e o Modo, entre outras. A sua obra é reconhecida internacionalmente, destacando-se dos títulos publicados os seguintes; Mundo fechado (1948); Os super-homens (1950); Contos Impopulares<(i> (1951-53); A Sibila (1954); Os Incuráveis (1956); A Muralha (1957); O Susto (1958); O Inseparável (teatro 1958); Ternos Guerreiros (1960); O Manto (1961); Embaixada a Calígula (1961); O Sermão do Fogo (1963); Os Quatro Rios (1964); A Dança das Espadas (1965); Canção Diante de uma Porta Fechada (1966 - Prémio Ricardo Malheiros); Homens e Mulheres (1967); As Categorias (1970); Santo António (biografia- 1973); As Pessoas Felizes (1975); Crónica do Cruzado Osberno (1976); As Fúrias (1977 - Prémio Ricardo Malheiros); Fanny Owen (1979 - adaptado ao cinema no filme Francisca, de Manoel de Oliveira); O Mosteiro (1980 - Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus); Os Meninos de Ouro (1984 - Prémio da Associação Portuguesa de Escritores); Eugénia e Silvina (1989); Vale Abraão (1991 - adaptado ao cinema no filme com o mesmo nome, de Manoel de Oliveira); Ordens Menores (1992); O Concerto dos Flamengos (1994); As Terras do Risco (1994- Prémio Eça de Queirós em 1996); Camilo, Génio e Figura (1994); Memórias Laurentinas (1996); A bela portuguesa e Um cão que sonha (1997- Prémio União Latina)).
Agustina Bessa Luís dedica-se a outras actividades, entre as quais se destaca o desempenho de Directora do Teatro Nacional D. Maria II, entre 1990 e 1993. A sua longa e produtiva carreira foi reconhecida ao receber o Prémio Nacional de Novelística atribuído pelo SNI (1967), assim como o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago e Espada (1980), e os prémios da Crítica e Ensaio Literário (1993) concedidos pelo Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários.