Personalidades
António Lopes Ribeiro
Nasceu em Lisboa, a 16 de Abril de 1908. Depois dos estudos liceais entrou para o Instituto Superior Técnico, mas não chegou a finalizar o respectivo curso. Desde cedo interessa-se por tudo o que diga respeito ao cinema. A partir de 1925, torna-se jornalista e crítico de cinema, no Sempre Fixe e depois no Diário de Lisboa, sob o pseudónimo de "Retardador". Foi o responsável pela fundação da revistas: Imagem (1928), juntamente com Chianca de Garcia; Kino e Animatógrafo. Outros jornais ou revistas em que colaborou foram A Bola, Diário Popular, Cine-Jornal, A Revista de Portugal, A Rua, entre outros. Em 1929, depois de ter visitado os mais importantes estúdios da Europa, começa verdadeiramente a trabalhar como realizador. Em 1934, realiza Gado Bravo, não mais deixando de ter um estatuto importantíssimo na realização e produção do cinema nacional. Em 1941, avança com a criação das Produções António Lopes Ribeiro, projecto que se propunha à produção cinematográfica contínua, à qual se deve, por exemplo, Aniki-Bobó, de Manoel de Oliveira, e Camões, de Leitão de Barros. Trabalhou na Emissora Nacional, entre 1933 e 1936. Esteve ligado ao teatro como empresário da companhia "Os Comediantes de Lisboa", entre 1944 e 1951. Foi ainda presidente do Sindicato dos Profissionais de Cinema nos períodos de 1938 a 1943 e de 1957 a 1974. Durante muitos anos, entre 1961 e 1974, produziu e apresentou na televisão o programa "Museu do Cinema", que foi retomado por pouco tempo em 1982. A sua obra está indubitavelmente ligada a uma época onde Lopes Ribeiro se torna o cineasta oficial de propaganda do regime nos anos 40 e 50. Da sua extensíssima filmografia constam ainda, entre outros: Pai Tirano (1941).