Personalidades
Jorge Brum do Canto
Nasceu em Lisboa, em 10 de Fevereiro de 1910. Com apenas dezassete anos, faz crítica de cinema, em jornais e revistas, como o Século, Cinéfilo, Kino e Imagem. Estudou na Faculdade de Direito de Lisboa, mas não chegou a concluir o respectivo Curso. Seguindo a linha de vanguarda francesa, começa a sua carreira de realizador, em 1929, com A Dança dos Paroxismos. Segue-se, em 1931, Paisagem, que ficará incompleto por falta de meios financeiros. Nos anos seguintes colabora em diversos documentários: em 1932, Bicho da Seda (inacabado) e Fabricação de Mangueiras; em 1933, Sintra, Cenário de Filme Romântico, Nada de Novo... Em Óbidos, Abrantes e Uma Tarde em Alcácer; em 1934, A Doença dos Ulmeiros e A Obra da Junta Autónoma das Estradas. Em 1935, é assistente de realização em Pupilas do Senhor Reitor, de Leitão de Barros e, em 1936, em O Trevo de Quatro Folhas, de Chianca Garcia. A sua primeira grande-metragem é feita em 1936-1937, em A Canção da Terra. Experimentou também a função de actor em diversos filmes seus: A Dança dos Paroxismos, A Hora H (1938) , Chaimite (1951-1953), Fado Corrido (1964) e A Cruz de Ferro (1965). A sua actividade passou também pela televisão, onde interpretou com grande sucesso em 1973, peças teatrais dirigidas por Artur Ramos: O Grande Negócio, de Paddy Chayefsky e Doze Homens em Fúria, de Reginald Rose. Ainda como actor, entrou em 1975 na série televisiva Angústia para o Jantar, de Jaime Siva. Homem dotado de múltiplas facetas, foi um profundo conhecedor de temas ligados à culinária, à natureza, caça e pesca. Na sua extensa filmografia, além das referências já citadas, constam ainda: João Ratão (1940), Lobos da Serra (1942), Fátima, Terra de Fé (1943), Um Homem às Direitas (1944), Ladrão, Precisa-se /> (1946), Retalhos da Vida de Um Médico (1962), O Crime de Simão Bolandas (1978-1980).