Nasceu a 25 de Agosto de 1927, em Valadares. Fez os estudos secundários na cidade do Porto, tendo depois experimentado por via autodidacta, a área das Belas-Artes, designadamente, Pintura e Escultura. O primeiro contacto com o mundo do cinema é feito através do Cineclube do Porto, do qual se fez sócio e onde colabora em 1959, no Auto de Floripes, e em alguns documentários. Foi também poeta, sendo a sua obra mais destacada neste domínio o livro Poemas Quotidianos, escrito em 1966. Assistente de Manoel de Oliveira em Acto da Primavera (1961-1962), e autor dos diálogos de Mudar de Vida, de Paulo Rocha, em 1966. Está ligado à criação do Centro Português de Cinema. A sua carreira como realizador começa em 1973, com a média-metragem Jaime, que sai a público no ano seguinte. Neste filme será sua assistente Margarida Martins Cordeiro que também irá ter desempenhar o papel de co-realizadora noutros filmes de Reis, tendo esta dupla atingido notariedade na cinematografia nacional. Estão neste caso Trás-os-Montes (1974-1975), Ana (1981), Rosa de Areia (1988). António Reis, foi ainda, professor da Escola de Cinema do Conservatório e desempenhou por algumas vezes papéis na qualidade de actor, em filmes dos realizadores João Botelho e Fernando Lopes, respectivamente, Um Adeus Português e Matar Saudades.