"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Personalidades

Jorge Fernando Branco de Sampaio

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa

Tipo de Património
Personalidades
Biografia

Nasceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1939. Depois da conclusão dos estudos liceais ingressou, em 1956, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, vindo a finalizar o curso em 1961. Nesta altura, toma parte nas lutas estudantis que eclodem em Portugal e que causam grande embaraço ao regime salazarista. Nesse âmbito, Jorge Sampaio é um dos principais intervenientes da chamada "crise académica", tendo sido presidente, entre 1960 e 1961, da Associação Académica daquela Faculdade, e secretário-geral da Reunião Inter-Associações Académicas, de 1961 a 1962. Na sua actividade profissional continua a dar o seu contributo político na luta pela liberdade, tendo na qualidade de advogado feito a defesa de presos políticos do regime. Foi candidato em 1969, a deputado pela CDE (Comissão Democrática Eleitoral). No período marcelista, fez parte de um conjunto de ilustres conferencistas que debatem as perspectivas políticas do país, num dos colóquios organizado pela direcção do Centro Nacional de Cultura. Depois do 25 de Abril de 1974, é um dos dinamizadores do MES (Movimento de Esquerda Socialista), do qual se vem a afastar quando este movimento se transforma em partido e inclui no seu programa o marxismo. No designado "verão quente de 75", perfilha as ideias do "grupo dos nove", representativo da linha moderada do movimento dos capitães. Nesse mesmo ano faz parte do IV Governo Provisório, desempenhando o cargo de Secretário de Estado da Cooperação Externa, do qual se vem a desvincular por não concordar com o extremismo que a política de Vasco Gonçalves estava a seguir. Surge nesta altura por sua iniciativa a Associação Política Interna Socialista que pretendia ser um espaço de reflexão e debate político. Entra para o Partido Socialista em 1978, sendo deputado à Assembleia da República por este partido; nessa qualidade é reeleito em 1980, 1985, 1987 e 1991. Foi presidente do Grupo Parlamentar em 1987 e 1988, e secretário-geral do PS, no início de 1989. Ainda nesse ano, nas eleições autárquicas, concorre à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, vindo a ganhar este pelouro em listas conjuntas do Partido Socialista e do Partido Comunista. Em 1994, é reeleito para esse cargo mas, mais tarde, em 1996, abandona o lugar para se candidatar , à presidência da República Portuguesa, cargo que actualmente ocupa. A sua experiência de advogado e político estão patentes em diversos trabalhos que escreveu: Um ex-oficial miliciano perante o Supremo Tribunal Administrativo: peças de um processo, (1967); A festa de um sonho, (1991); Três gerações de políticos: os grandes desafios no limiar do milénio, (1994); Um olhar sobre Portugal, (1995). Em colaboração com Salgado Zenha e Jorge Santos, assinou, ainda, Universidade: processo de uma expulsão disciplinar, (1967). Jorge Sampaio escreveu também artigos em revistas e jornais, designadamente: O Tempo e o Modo, Seara Nova, e no semanário Expresso.

Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Data de atualização
03/12/2008
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