Nasceu em Lisboa a 24 de Novembro de 1869 e faleceu a 18 de Abril de 1910. Enveredou pela carreira militar, seguindo as pisadas de seu avô, que fôra general e se destacara nas guerras peninsulares. Começou os estudos no Real Colégio Militar, e ingressou depois na Escola do Exército, seguindo o curso de Cavalaria. Como capitão fez parte da comissão, que em Outubro de 1910 foi encarregada da reorganização do Exército. Depois de várias promoções, é-lhe atribuído o posto de general em Março de 1922. As suas qualidades morais, isenção e competência, fizeram que fosse escolhido para promotor de justiça no julgamento dos implicados nos assassinatos políticos de 19 de Outubro de 1921. Fez parte do governo de Ginestal Machado, com o cargo de ministro da Defesa. Após o derrube do governo, Carmona voltou ao desempenho da sua profissão como oficial militar (comandante da 4ª Divisão em Évora). Volta a ser promotor de justiça para os réus do levantamento militar ocorrido em Lisboa, a 18 Abril de 1925, tendo os arguidos sido absolvidos; do facto resultou o seu afastamento do comando da referida Divisão militar. Com o movimento de 28 de Maio de 1926, chefiado por Gomes da Costa, Carmona volta a ser chamado a integrar o governo, ficando ligado ao ministério dos Estrangeiros até inícios de Julho desse ano, altura em que é demitido. Com o afastamento do marechal Gomes da Costa, por um golpe de Estado, passa a acumular a presidência daquela pasta juntamente com a da Guerra. Em 15 de Abril de 1928 foi eleito Presidente da República, vindo a ser sucessivamente reeleito, até terminar essa alta função em 18 de Abril de 1951. Nesse período foi-lhe atribuído o posto de marechal (em 1947). Durante os mandatos presidenciais de Carmona, e sendo chefe do governo, Salazar, são introduzidas muitas reformas que transformaram o país num Estado Corporativista. Foi galardoado com as mais altas distinções nacionais, sendo também agraciado por diversos países estrangeiros.