Nasceu em Évora em 1526 e faleceu em Lisboa a 17 de Abril de 1593.

Estudou nessa cidade os primeiros rudimentos de Gramática e, mais tarde, foi para Coimbra, para onde D. João III tinha transferido a Universidade (até aí estivera em Lisboa), com novos e eruditos mestres de vários pontos da Europa. Nessa Universidade obteve sábia instrução em língua grega e latina.

Aprofundou de tal forma a Jurisprudência que foi premiado pelos catedráticos com as insígnias de doutoramento e nomeado Lente de Instituta, com apenas trinta anos de idade.

Um ano depois, passava à cadeira de Código e, opondo-se à do Digesto velho, em competência com o famoso Pedro Barbosa, após uma duradoura e acérrima luta, foi obrigado a ceder. Desiludido, deixou a Universidade e foi para a Corte, onde trabalhou como advogado. Algum tempo depois, foi eleito advogado da Casa da Suplicação, distinção que poucos usufruiram. Era tal o seu mérito que, D. Sebastião o nomeou, em 1577, Desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação.

Além disso, o mesmo monarca nomeou-o de Lente de Prima na Faculdade de Leis, cargo que não pôde sustentar por motivos de doença.

Regressou a Lisboa, onde continuou no exercício da sua magistratura. Em 1588 iniciou a publicação das suas obras que, na sua maior parte, viriam a publicar-se postumamente. Todas elas foram depois reeditadas nos centros culturais europeus de Veneza, Antuérpia, Frankfort, Cremona e Colónia.