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Ambiente e Natureza

Serra da Freita

Tipo de Património
Ambiente e Natureza
Descrição


É uma elevação de Portugal Continental com 1085 metros de altitude no Pico de São Pedro Velho localizado na freguesia de Albergaria da Serra.
A Serra da Freita caracteriza-se por ser um dos ramos do Maciço da Gralheira que se alonga para Noroeste. Constitui uma elevação peneplanaltica de cerca de 15 km de extensão máxima e de 8 km de largura, ligando-se para Sudoeste à Serra da Arada e para Sul à própria Gralheira.

Frecha da Mizarela 



A "Frecha da Mizarela", fenómeno geomorfológico que proporciona um dos panoramas mais conhecidos e espectaculares da Serra dada a configuração do local em que se localiza.

Situa-se perto da aldeia Albergaria das Cabras, a "Frecha da Mizarela", onde o Rio Caima se precipita de uma altura próxima dos oitenta metros. No pronunciado vale sobressaem as cores vivas dos carvalhos, castanheiros e salgueiros.

Património Geológico

Pedras Parideiras

Junto à aldeia da Castanheira no planalto da serra da Freita no limite sul do concelho, ocorre aquele que é, o mais conhecido fenómeno geológico da Arouca, já que fenómeno idêntico se encontra apenas no território da ex-União Soviética - as pedras parideiras.

Trata-se de um pequeno (1000 x 600 m) afloramento de granito com abundantes nódulos discóides e biconvexos de biotite, que se libertam da rocha-mãe por termoclastia, acumulando-se no solo. Os nódulos, de 1 a 12 cm de diâmetro, tem a mesma composição mineralógica do granito, pois embora constituídos exteriormente apenas por biotite, possuem um núcleo de quartzo e feldspato potássico

Nas grandes massas graníticas existem pequenos nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexo.

Por efeitos da erosão ou pelas contracções resultantes das grandes amplitudes térmicas existentes no local, quer na variação diária e também na variação sazonal, os pequenos nódulos saltam da pedra mãe, donde resulta a atribuição popular de "pedras parideiras.

Existe uma pequena zona protegida para evitar a delapidação deste fenómeno único existente em Arouca e em Portugal.


Amostras (pedras parideiras) dos nódulos biotíticos do granito da Castanheira (Arouca).

Trilobites

A jazida paleontológica de Canelas vulgarmente conhecida como a "pedreira do Valério", situada no percurso de Arouca a Alvarenga, é uma louseira onde ocorrem invertebrados fósseis de numerosas classes: trilobites, graptólitos, braquiópodes, bivalves, gastrópodes, cefalópodes, equinodermes, e icnofósseis. O local é especialmente conhecido pelas trilobites gigantes (até 70 cm) de idade ordovícica, várias das quais transitaram já para os melhores museus da Europa.


Exploração de ardósia, onde ocorrem trilobites de grandes dimensões

A transformação da antiga louseira, donde se extraía a ardósia para cobertura das casas, deu lugar à recente exploração industrial daquela zona xistosa, onde se procede à extracção de ardósia para fins industriais de construção civil e para efeitos ornamentais.

Com o evoluir da exploração foram surgindo cada vez mais exemplares, raros e únicos no mundo, de crustáceos marinhos que constituíram a fauna do planeta na época Paleozóica.

Dos muitos fósseis encontrados alguns têm dimensões significativas e outros são minúsculos.

A maioria ter-se-à extinguida há cerca de 230 milhões de anos e a alguns dos fósseis marcados no xisto, datados por cientistas de Universidades internacionais, foi atribuída a idade de 450 milhões de anos.

Trilobite da espécie Hungioides boehmicus (o fóssil da imagem é, segundo Manuel Valério proprietário da louseira, a nível mundial, provavelmente, o mais perfeito encontrado até hoje).

Xistos e Granitos

A geologia de Arouca é, na sua maioria, constituída por rochas que, vulgarmente, são designadas xistos e granitos. Na realidade as designações genéricas mais apropriadas são metassedimentos (como o nome indica, rochas metamórficas resultantes de rochas sedimentares) e granitóides (granitos e rochas afins). Os primeiros compreendem principalmente ardósias, filitos, xistos, metagrauvaques e quartzitos.

Granito da Serra da Freita

Quartzodiorito de Arouca

Ardósia

Quartzito

                               

Flora predominante
Espécies vegetais superiores com interesse ecológico: Crocus serotinus, Narcissus cyclaminens, Baldella alpestris, Genista florida, Hypericum tetrapterum.
O pinheiro manso ocupa a maior parte da área florestal do concelho; choupos: encontram-se dispersos e associados a linhas de água; castanheiros: existem exemplares em Moldes, Chave, Rossas e Tropeço. Outras espécies que se podem encontrar no concelho: carvalho, sobreiro, azinheira e medronheiro.

Flora ameaçada
O azevinho encontra-se em vias de extinção no concelho de Arouca.
Fauna predominante
Aves: peneireiro, águia de asa redonda, falcão peregrino, milhafre preto, bufo real, águia cobreira, etc..
Mamíferos: lobo, raposa, javali, texugo, toirão, gato bravo, gineta, fuinha, lontra.
Reptéis: cobra de água, víbora negra, lagartos.
Peixes: truta, boga, escalço, enguia.

Fonte de informação
Câmara Municipal de Arouca
Data de atualização
21/07/2010
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