Ambiente e Natureza
Parque Natural da Serra da Estrela
Foi o primeiro Parque Natural a ser criado no território português (Dec. Lei. 567/76) e abrange uma área de aproximadamente 100.000 ha.
Faz parte do maciço central e atinge no seu ponto mais elevado a cota de 1993 metros (Torre). Reúne um conjunto de condições naturais de grande interesse, designadamente, a paisagem natural de rara beleza, a flora e formações geológicas como a Cabeça da Velha, o Cântaro Velho e o Cântaro Novo.
Espécies botânicas raras são os fetos Lycopodium clavatum e Cryptogramma crispa, assim como as espécies Taxus baccata, Saxifraga stellaris ssp. alpigena, Gentiana lutea, Veronica serpyllifolia ssp. humifusa, Juniperus communis ssp. nana, Betula celtiberica, Malus sylvestris (macieira brava), Vaccinium myrtillus (arando), Minuartia recurva ssp. recurva, Allium victorialis, Cerastium gracile, Galium saxatile, Veratum album, Sorbus latifolia, Prunus padus ssp. padur e Narcisus pseudo-narcisus.
Em altitudes inferiores é raro o azevinho, a Paeonia broteroi, o trovisco e o oregão.
Relativamente à fauna, hoje são raras as aves de rapina. Atravessam este parque os rios Mondego e Zêzere, existindo, no alto da serra, várias lagoas. O pastoreio é o suporte da economia da região (lã e queijo).
O Parque Natural foi criado para protecção e recuperação do património, relançamento da actividade pastoril, promoção de feiras de gado, promoção de cursos de apicultura, beneficiação de cursos de água, aproveitamento de energias renováveis e elaboração de estudos de ordenamento e desenvolvimento (açudes e levadas, actividades tradicionais). Existem Centros de Informação em Seia, Gouveia e Manteigas, estando previstos outros, por exemplo, na Guarda. Têm sido feitas acções de apoio à salvaguarda e melhoramento do cão da Serra da Estrela, com o auxílio da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela.
O Parque Natural da Serra da Estrela possui um Gabinete de Arquitectura que colabora com as Autarquias e com a população, fornecendo projectos de edifícios colectivos e intervindo na recuperação de edifícios e conjuntos notáveis. O Parque adquiriu alguns edifícios antigos em Videmonte, Linhares, Gouveia - a Casa da Torre, o que resta do Solar dos Távoras (séc. XVI) -, em Seia, nas Penhas Douradas, entre outros. O Parque tem, igualmente, recuperado antigas casas de guardas florestais, montando instalações de acolhimento e estada de visitantes.
Festuca henriquesii, Silene elegans, Scrophularia herminii, Centaurea micrantha, Campanula herminii (símbolo da Estrela), Saxifraga spathularis, Genista florida, polygaliphylla, Giesta anglica ssp. ancistrocarpa, G. cinerea ssp. cinerascens, Cytisus purgans, Prunus lusitanica ssp. lusitanica e Erygium duriaei.
Entre os 600 m e os 800 m, até aos 1.600 m: Quercus pyrenaica, carvalho-negral ou das Beiras, Juniperus. Em altitudes inferiores há abundância de castanheiros e em planaltos e vales do interior da Serra existem vastas formações de pastagens de cervum (Nave de Santo António e Covões). São abundantes, nas zonas mais baixas, os matos de Cytisus multiflorus, Erica australis ssp. aragonensis, Genista florida, formações de rosmaninho, urze branca e Halimium alyssoides.
Manteigas tel. 275 980 060 fax. 275 980 069
Seia tel. 238 310 440 fax. 238 310 441
Gouveia Tel. 238 492 411 fax. 238 494 183
Guarda tel. e fax. 271 225 454