Ambiente e Natureza
Reserva Natural do Paúl de Arzila
O Paúl de Arzila situa-se na margem esquerda do rio Mondego, a cerca de 13 Km a Oeste de Coimbra, equidistante de Montemor e de Condeixa. Tem uma orientação de NNo para SSE e uma extensão de cerca de 4 Km pelo Vale da Ribeira de Cernache.
A Reserva surgiu devido às riquezas faunísticas e florísticas que encerra, com destaque para a lontra e para a grande diversidade do ponto de vista ornitológico.
É constituída por duas zonas distintas: o Núcleo Central ( a área apaúlada) e a Zona de Protecção (estendendo-se pelas vertentes), cuja função é criar uma primeira barreira a agressões ambientais vindas do exterior.
Oferece abrigo e alimentação a numerosas espécies de aves aquáticas (cerca de 100), quer sedentárias quer migradoras.
Foram também já identificadas dez espécies de répteis, quatro de anfíbios, nove de mamíferos e nove de peixes.
Aves aquáticas:
Sedentárias, pato-real (Anas platyrinchos), águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), guarda-rios (Alcedo attis), tartaranhão-ruivo dos paúis (Circus aeroginosus).
Migradoras, visitantes de Verão: garça-vermelha (Ardea purpurea), cegonha (Ciconia ciconia), milhafre-preto (Milvus migrans); invernantes: garça branca (Egretta garzetta, franga d'água ((Porzana porzana), marrequinho (Anas crecca), garça real (Ardea cinerea); visitantes de passagem: milhafre-real (Milvus milvus), andorinha-das-barreiras (Riparia riparia), pisco-de-peito-azul (Lucínia svecica).
Destaca-se a presença da lontra (Lutra lutra), espécie ameaçada devido à destruição do seu habitat, pela regularização das margens das linhas de água, poluição e perseguição, por parte do Homem, de que é alvo.
Os principais problemas que se colocam a esta Reserva são a drenagem e o excesso de herbicidas e pesticidas.