Centros Históricos
Longroiva
Freguesia do concelho e comarca de Meda, Longroiva dista 6 km da sede concelhia. Trata-se de uma povoação muito antiga, denunciada pela terminação do nome, que tem raiz na palavra celta - oiva - que significa «cidade». A partir do séc. I, foi romanizada com o nome de Langóbriga. Durante a dominação visigoda (séc. V a VIII) tornou-se uma das matrizes do bispado de Lamego. Os mouros ocuparam-na até à reconquista entre 1055 e 1057, feita por Fernando Magno de Leão. No séc. X, pertenceu a Dona Flâmula ou Dona Chama (sobrinha da conhecida Muma Dona de Guimarães), que deixou em testamento o castelo de Langóbriga ao cenóbio beneditino vimaranense. Em virtude das guerras da reconquista entre cristãos e muçulmanos, a terra encontrava-se erma no início do séc. XII, tendo sido mandada repovoar pelo conde D. Henrique. Em 1145 é concedido foral por D. Fernão Mendes (casado com a irmã de D. Afonso Henriques) que entregou o castelo à Ordem dos Templários, tendo sido reconstruído pelo mestre daquela Ordem, Gualdim Pais. Retomando uma velha carta de privilégio, dada pelo fidalgo D. Egas Guzendes, o foral foi confirmado em 1220, por D. Afonso II. A povoação transformou-se no séc. XIV, numa importante comenda da Ordem de Cristo com todos os deveres e privilégios que detinha durante o domínio dos Templários. D. Manuel I outorgou-lhe foral novo em 1510. Foi precisamente na época dos Descobrimentos que se deu um grande desenvolvimento do concelho com medidas de povamento e de fomento económico, tendentes ao abastecimento das armadas reais e senhoriais.
O concelho de Longroiva, que incluía no seu termo as freguesias de Santa Comba e Fonte Longa, foi extinto em 1855 e integrado no município de Meda.
A povoação é atravessada pelo Rio Pisco e inclui na sua área uma nascente de águas termais. Possui um património significativo, onde se destacam os antigos testemunhos da autonomia autárquica, o núcleo fortificado e as construções religiosas.