Cidade capital de distrito, localizada  no alto de uma colina que domina os horizontes da planície alentejana, Beja soube conservar, apesar da modernidade dos tempos , as características e a identidade de uma cidade do Alentejo. Sede de convento jurídico, mantém  a supremacia administrativa e económica durante as ocupações visigótica e árabe.

Muita da intelectualidade árabe viveu em Beja:  teólogos, jurisconsultos, historiadores e filósofos nasceram e deixaram a marca das suas obras literárias em Beja. Com foral desde o sec XII, o rei D. Dinis  reergueu-lhe as defesas e dotou-a com uma das mais belas torres de menagem em Portugal. Aqui viveram os pais do rei D. Manuel, os primeiros duque de Beja. E foi no Convento de N. Senhora da Conceição que viveu a religiosa Mariana de Alcoforado, a quem são atribuídas as famosas “Cartas Portuguesas”, obra literária de inquestionável valor.

A par com o valioso património monumental, constituído por defesas militares e edifícios religiosos, Beja  sentiu a força do progresso nos últimos anos, com o desenvolvimento económico que se traduziu  no desenvolvimento de infra-estruturas necessárias ao bem estar da população e na construção de novos bairros residenciais e equipamentos  institucionais e de lazer.

Com pequenas indústrias  de mármores e olarias , a vocação do concelho é a agricultura e a pecuária, embora, na cidade, os serviços empreguem a maioria da população