Relações Político-Militares
Segurança e defesa: a esfera comunitária e a esfera nacional
Neste texto, partindo da constatação da profunda alteração de natureza imposta às forças armadas europeias no pós-Guerra Fria, mutações que com o fenómeno do terrorismo mais ainda se intensificaram, é analisado o sucesso desse esforço de reestruturação das Forças Armadas Portuguesas e o estado de preparação destas para cumprirem as suas obrigações, no quadro das instituições multilaterais de que fazem parte. Neste sentido, o autor denuncia o que ele considera ser a “insuficiente cultura de segurança e defesa das elites nacionais” que, segundo ele, está na origem dos erros e omissões do poder político para com o setor. Torna-se necessário mudar a perspetiva com que se olha para a Defesa Nacional, não como um contrapoder que importa enfraquecer para, assim, controlar, mas como um pilar da estratégia geral do Estado. É defendido ser insustentável continuar a afetar apenas 1.2 por cento do PIB nacional às Forças Armadas.